A equipe da ONU (Organização das Nações Unidas) que investiga alegações de uso de armas químicas na Síria deixou o país depois de completar sua missão de seis dias, afirmou um porta-voz da ONU nesta segunda-feira (30).
"A equipe vai agora passar para a fase de finalização de seu relatório, que se espera estar pronto até o final de outubro", disse o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, a jornalistas em Nova York.
Liderados pelo cientista sueco Ake Sellström, a equipe tem o mandato de avaliar toda a informação disponível relacionada a todas as denúncias relatadas pelos Estados-membros, com a finalidade de preparar o seu relatório final.
Essas alegações incluem diversos incidentes, como os de Khan al-Asal, Sheikh Maqsud e Saraqueb, de março e abril deste ano. Além disso, a equipe continua a avaliar junto ao governo sírio informações sobre três acusações adicionais, incluindo os incidentes em Bahhariyeh, de 22 de agosto, em Jobar, em 24 de agosto, e em Sahnaya, em 25 de agosto.
Depois de uma visita à Síria no mês passado, a equipe --apoiada por especialistas da OMS (Organização Mundial da Saúde OMS) e da OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas)– encontrou "provas claras e convincentes" de que o gás sarin foi usado em um incidente ocorrido em 21 de agosto na área de Ghouta, nos arredores de Damasco, deixando centenas de pessoas mortas. Muitas delas eram crianças.
Na sexta-feira (27), o Conselho de Segurança da ONU pediu a eliminação de armas químicas da Síria, além de endossar um plano diplomático de negociações pela paz liderado pelos sírios. Através da adoção unânime da resolução 2118, o Conselho pediu a rápida implementação de procedimentos elaborados pela OPAQ "para a destruição rápida do programa de armas químicas da República da Síria e sua rigorosa verificação".
No texto, o Conselho destacou "que nenhuma parte na Síria deve usar, desenvolver, produzir, adquirir, armazenar, conservar ou transferir armas químicas". A resolução também pediu a convocação, o mais breve possível, de uma conferência internacional de paz que represente plenamente o povo sírio.
Mais de 100 mil pessoas foram mortas desde que o conflito na Síria começou, em março de 2011, com mais de 2 milhões de pessoas tendo fugido para países vizinhos e outros 4 milhões de pessoas deslocadas dentro do país.
Reprodução Cidade News Itaú
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