Dois policiais militares que participaram em março da prisão do cantor Udson Cadorini Silva, de 40 anos, da dupla Edson & Hudson, confirmaram as acusações de posse ilegal de arma contra o músico em audiência na Justiça de Limeira (SP), nesta sexta-feira (9) à tarde. Os PMs foram ao Fórum na condição de testemunhas da acusação. Já o sertanejo e suas quatro testemunhas de defesa não compareceram à audiência. Segundo Manuel dos Reis Andrade Neto, advogado do músico, ele não apareceu devido a "compromissos profissionais".
A audiência desta sexta foi para dar início à avaliação da segunda prisão do dia 20 de março, motivada pela localização de armas sem registro e munições proibidas na casa do cantor. Horas antes, ele também havia sido preso por estar com duas armas, soco-inglês e faca de cozinha dentro do carro e perto da casa da ex-mulher (relembre o caso logo abaixo). Preso novamente, ele ficou três dias em uma penitenciária, mas foi liberado pela Justiça.
Audiência e testemunhas
Inicialmente, estava prevista a participação de seis testemunhas na audiência desta sexta, sendo quatro da defesa de Hudson (nome artístico de Udson) e duas indicadas pelo Ministério Público, que ofereceu a denúncia à Justiça.
Os PMs Roberto Gomes da Mata e Marcelo Machado de Souza reafirmaram que uma carabina com documento vencido, uma bereta sem registro, munições de uso proibido e maconha foram localizadas na residência do músico, conforme a acusação da Promotoria. A audiência acabou logo em seguida, por volta das 14h30, menos de uma hora após ter começado.
O advogado de Hudson não quis adiantar detalhes de sua estratégia de defesa, mas ao deixar o Fórum de Limeira nesta tarde, Andrade Neto afirmou que "munição sem arma não é crime". Segundo ele, o cantor não pôde comparecer à audiência por estar em Rondônia cumprindo agenda de trabalho.
Ainda de acordo com Andrade Neto, o cantor "está disposto a colaborar com a Justiça" na avaliação do caso e deve comparecer na próxima audiência, ainda sem data marcada. As testemunhas apontadas pela defesa faltaram porque duas delas não foram encontradas, uma chegou a ser intimada pessoalmente, mas não apareceu, e outra foi convocada por carta precatória, ou seja, à distância e também não foi ao Judiciário de Limeira.
Entenda o caso
Em 20 de março de 2013, o cantor foi presos duas vezes por porte e posse ilegais de armas. Na primeira prisão, na madrugada daquele dia, policiais militares abordaram Hudson em uma rua do bairro Vila Cláudia, em Limeira, após chamado da ex-mulher do sertanejo, que ligou para a PM dizendo ter recebido mensagens via celular em que Hudson avisava que iria até a casa dela.
Os policiais encontraram no carro do músico uma pistola 380, um revólver 38, um canivete, um soco-inglês e uma faca de cozinha. Ele pagou R$ 6 mil de fiança e foi liberado.
Na noite do mesmo 20 de março, o sertanejo foi preso pela segunda vez. Desta vez porque PMs baseados em uma denúncia anônima foram à casa dele, também em Limeira, e encontraram no local mais armas e droga. Segundo informações da Polícia Civil à época, uma carabina com documento vencido, uma bereta sem registro, munições de uso proibido e maconha foram localizadas na residência do músico.
Hudson teve liberdade provisória concedida pela Justiça mediante nova fiança de R$ 12 mil na noite de 21 de março. No entanto, uma ordem de prisão preventiva na manhã de 22 de março derrubou o benefício e o sertanejo foi transferido da cela em que estava na delegacia de Limeira para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Piracicaba (SP) e, em seguida, para penitenciária de Tremembé (SP), onde ficou até a tarde do dia 23. Ele saiu após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo para que respondesse às acusações em liberdade.
Sem contato
Em 5 de abril de 2013, o cantor também foi proibido de chegar perto da primeira ex-mulher e da filha, conforme decisão judicial. O cantor tinha que ficar ao menos um quilômetro de distância das duas e não podia usar qualquer meio de comunicação para obter contato. A medida também se estendia ao atual marido da ex-mulher e a todos os familiares dela. A decisão valia por 60 dias, conforme constou no Diário de Justiça Eletrônico de São Paulo.
Reprodução Cidade News Itaú
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