A Delegacia Especializada Antisequestro (Deas) de Santos, no litoral de São Paulo, divulgou nesta segunda-feira (12) mais um caso de falso sequestro na cidade. Uma coletiva de imprensa foi organizada para falar sobre a última farsa, realizada por uma mulher de 33 anos que sofre de síndrome do pânico. O crime teria sido cometido para chamar a atenção da família. A mulher foi encontrada no Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Civil, a mulher desapareceu na ultima terça-feira (6) após deixar seu filho na escola e seu pai no trabalho. De acordo com a investigação a jovem teria ido até um posto de combustíveis na entrada da cidade, abastecido o carro e sacado R$ 500 em um caixa eletrônico. Em seguida a mulher telefonou para a mãe e disse que tinha sido vítima de um sequestro.
Em seguida, a mulher, que não teve o nome divulgado, foi até a cidade de São Paulo para almoçar com um amigo do trabalho, e durante o encontro teria respondido mensagens recebidas do irmão se passando pelo suposto sequestrador. A mãe da falsa vítima entrou em contato com a Deas, que imediatamente começou a investigar o caso, dando inclusive orientações para a família de como proceder durante o sequestro.
Ainda de acordo com investigação, a mulher ficou na capital até a última quinta-feira (8). Na sexta-feira (9) a jovem tentou seguir para a cidade do Rio de Janeiro, e após ser parada pela Polícia Rodoviária Federal na rodovia Presidente Dutra confessou que havia forjado o sequestro. A mulher foi levada para a delegacia da cidade de Pirai, no estado do Rio de Janeiro.
Segundo o delegado titular da Deas Fábio Xavier, a mulher havia deixado uma carta de despedida para os familiares. “Era uma carta de despedida, não era uma carta suicida, mas era uma carta dela se despedindo dos parentes, parece que ela iria fazer uma viagem sem retorno. Ela pede desculpas, diz que podia ter sido uma filha melhor e pede para cuidarem do filho dela”, explica.
A polícia informou que a mulher sofre de síndrome do pânico, e que havia tomado tranquilizantes da sua mãe, sem prescrição médica. Ainda de acordo com os policiais, o sequestro foi forjado para chamar atenção da família. Em nenhum momento houve solicitação de resgate.
Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (DEINTER6) da Baixada Santista e do Vale do Ribeira Aldo Galiano Junior, mesmo com o possível distúrbio, a mulher vai ser julgada pelo crime. “A gente vê que é um caso patológico, mas infelizmente a polícia tem que agir no rigor da lei, vai responder pelos atos que fez. Ela tinha um problema, e agora vai ter mais um. Cabe ao judiciário julgar, mas a policia não pode ficar a mercê desse tipo de coisa”, finaliza.
É o segundo caso de falso sequestro descoberto na cidade em 15 dias. No começo do mês de julho, um casal de namorados fugiu para o Rio de Janeiro e ligou para os familiares pedindo resgate. O casal disse à polícia que ficou durante 18 dias em uma casa alugada por dois meses na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, pela qual pagaram R$ 1.500. O falso sequestro foi divulgado no dia 29 de julho.
Reprodução Cidade News Itaú
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