"Maciel faria sexo com Félix", diz intérprete do motorista em "Amor à Vida"

Em "Amor à Vida", Maciel, motorista de Félix (Mateus Solano), é um homem misterioso, que quase nunca sorri e está sempre preparado para executar a nova ordem do patrão. Tamanha dedicação tem gerado rumores de que o capanga pode vir a ser o grande cúmplice do vilão, que conta ainda com apoio de Glauce (Leona Cavalli) e Leila (Fernanda Machado).

Em entrevista ao UOL, Kiko Pissolato, intérprete do motorista, acredita que a ambição de Maciel pode favorecer um relacionamento com Félix: "Gostaria que eles tivessem um envolvimento maior. Maciel já mostrou que faz qualquer coisa por dinheiro, acho que ele faria sexo com Félix". Ainda de acordo com o ator, Félix e o motorista já criaram uma relação de amizade e confiança. "Maciel sabe qual é a do Félix e não tem preconceito com isso, o Félix se sente mais aberto com ele, acho que a partir daí tudo pode acontecer, não é impossível um cara até então hétero se apaixonar por outro homem", completou.

Kiko adiantou ainda que haverá outro encontro entre Maciel e Valdirene (Tatá Werneck) - nesta semana o motorista abandonou a periguete sozinha no motel sem ter pago a conta - e que o embate será tenso. "Maciel vai tentar enrolar a Valdirene com a lábia dele, mas não vai conseguir. Ela vai tentar chamar a polícia, mas ele vai ameaçá-la", revelou.

Além da dobradinha com Solano, Kiko elogiou a parceria com Tatá. "Tenho fama de não rir, de ser sério, mas com a Tatá isso era um pouco difícil, senti vontade de rir várias vezes, é uma pena que teve que acabar".

"Perfil de Capanga"

Com Maciel, Kiko Pissolato mais uma vez dá vida a um personagem de caráter duvidoso. Foi assim em "Insensato Coração", onde viveu Manolo, o comparsa do vilão Léo (Gabriel Braga Nunes) e também em "Avenida Brasil", como Jair, o ex-marido violento de Tessália (Débora Nascimento). "Acho maravilhoso ter esse perfil de capanga, é ótimo ficar em torno dos vilões. O vilão tem uma complexidade maior", comparou.

Para Kiko, seu tipo físico contribui para a escalação. "Tenho o queixo quadrado, uso barba, tenho uma voz grossa. Até quando faço teste para comercial de margarina é difícil. Pedem para eu fazer cara de feliz, eu faço, mas ninguém acredita", contou ele aos risos.

Aos 33 anos, ele tem sentido nas ruas o assédio feminino. "Sempre dizem que sou o cara que pegou a Valdirene". Casado há cinco anos com a também atriz Bruna Anauate, Kiko é do tipo avesso à exposição e prefere ficar longe de redes sociais. "Entendo que são ferramentas para agregar pessoas, mas não entendo a maneira como alguns usam para se expor", opinou.

Aula de capoeira e axé

Nascido em Cosmópolis, cidade do interior de São Paulo, Kiko (de Francisco), viu sua vida mudar ao se mudar para a capital a fim de estudar Educação Física aos 17 anos na Universidade de São Paulo. Acabou se formando pela escola de atores do diretor Wolf Maya. "Na minha cidade não tinha museu, teatro, biblioteca. Quando me mudei, conheci um mundo novo, me apaixonei pelas coisas", confessou o ator.

De lá para cá não parou mais. Fez inúmeras peças de teatro e atuou em cinco novelas para a internet, dentre elas "Umas e Outras", a primeira do formato onde vive um vilão. Na TV, deu as caras ainda em "Cama de Gato" e Força Tarefa". "Meu sonho é fazer uma novela rural, com cavalo e chapéu de caubói", brincou. Até se firmar como ator, trabalhou como segurança e deu aulas de capoeira e até de dança de axé. "Não tenho medo de trabalho e adoro esportes, se soubesse que UFC hoje dá tanto dinheiro quem sabe eu não teria mudado de carreira?", brincou.

Quando "Amor à Vida" chegar ao fim, Kiko planeja voltar ao teatro e mira também no mercado de cinema internacional. "Sempre quis fazer filme de ação. Mas não tenho pressa, sou ator e se um dia não fizer novela ou cinema vou sempre ter o teatro. Minha mulher e eu alimentamos o sonho de ter nosso próprio teatro", finalizou.

Reprodução Cidade News Itaú