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quinta-feira, agosto 01, 2013

“Estou sendo usado como bode expiatório”, afirma sargento preso por morte de advogado

O sargento Antônio Carlos Ferreira de Lima, acusado de participar da morte do advogado Antônio Carlos de Oliveira, e também suspeito de integrar um grupo de extermínio, conversou em primeira mão com o Portal BO, após ser preso três vezes. “Estou sendo usado como bode expiatório, jamais seria líder de grupo de extermínio”, declarou o policial militar.

Ele afirmou ainda que era amigo pessoal do advogado Antônio Carlos e jamais iria articular ou planejar a morte dele. “Ele era advogado do meu irmão e também do meu filho, então, eu nunca faria uma coisa dessas com ele, pois realmente era um amigo da família”, disse o sargento Carlos.

O policial foi preso três vezes, em pouco mais de um mês. A última prisão foi realizada nesta quarta-feira (31), quando policiais da Delegacia de Homicídios cumpriram mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Ricardo Procópio, da 3ª Vara Criminal. Na decisão, o magistrado chegou a dizer que a liberdade do sargento Carlos põe em risco a paz social.

Questionado sobre a suspeita de integrar um grupo de extermínio com atuação em São Gonçalo do Amarante e também em Macaíba, o policial militar disse ao Portal BO que está sendo perseguido e, por isso, sofre essas acusações.

“As pessoas que depõem contra mim e me acusam desses crimes são inimigos que eu tenho justamente por desempenhar meu trabalho de policial e prender criminosos. Tudo que acontece de morte na zona Norte de Natal e em São Gonçalo do Amarante dizem que eu participei. Mas isso é perseguição”, destaca.

O sargento Carlos Ferreira ressalta que tem 22 anos de Polícia Militar e trabalhou durante 10 anos na inteligência da instituição. “Não é justo o que estão fazendo comigo. Chegaram na minha casa pulando muro e chutando portões, me tratando como bandido. Eu mereço respeito por tudo que fiz e faço pela Polícia Militar”, completou.

Ainda em relação à morte do advogado Antônio Carlos, o sargento Carlos disse que chegou a alertar ao advogado que Expedito José dos Santos iria entrar com uma representação contra ele na OAB, após os dois disputarem um terreno, que acabou resultando no assassinato, de acordo com a polícia. 

Reprodução Cidade News Itaú

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