O governo paulista disse ontem que pretende gastar até R$ 30 milhões por ano com a instalação e a manutenção de bloqueadores de sinal de celular e internet em 22 penitenciárias do Estado.
O valor é bem inferior ao teto de R$ 1,1 bilhão publicado pela Folha no sábado passado. Essa quantia era a estimativa máxima para 30 penitenciárias durante um ano.
O secretário estadual de Planejamento, Júlio Semeghini, afirmou ontem que a divulgação das informações - segundo ele, equivocadas- gerou insegurança nas empresas que pretendem concorrer na licitação. O edital deve ser lançado na próxima quinta-feira, dia 15.
Na semana passada, ao ser questionado sobre a estimativa de gastos da implantação do sistema "por presídio", ele mencionou valores mensais de R$ 1 milhão a R$ 3 milhões.
Em seguida, declarou que isso representaria um gasto próximo "de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões por ano".
Semeghini explicou ontem que, ao citar a quantia, já se referia ao custo total da implantação no Estado, e não apenas "por presídio". O entendimento da reportagem, para ele, foi equivocado.
Em nota, a assessoria do secretário afirmou ser "completamente irreal" a estimativa de até R$ 1,1 bilhão.
Cinco especialistas ouvidos pela reportagem, entre eles donos de empresas que fazem bloqueio de celular, disseram que esse teto estava dentro do esperado.
A justificativa era que os preços para bloquear celular dependem do sistema usado e da localização da prisão.
Dois sistemas foram testados. Um é o gerador de ruídos, que "suja" o sinal do celular e o impede de fazer ou receber ligações. O outro é o simulador de estação rádio base, que "suga" as chamadas para uma antena perto do presídio e impede que elas sejam completadas.
Reprodução Cidade News Itaú
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