O governo avalia pedido da Petrobras sobre reajuste de preços de combustíveis, mas isso não significa que a reivindicação da estatal será atendida pelo seu controlador, disse nesta terça-feira (13) o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a jornalistas em Brasília.
"A Petrobras está permanentemente pedindo aumentos de seus preços, até porque estão defasados há muitos anos. Mas isso não significa que se vá acordar (sobre o assunto)", afirmou Lobão.
Ele disse ainda que o governo está avaliando a situação.
"Vamos examinar pelo Ministério da Fazenda, pelo Conselho e pelo Ministério de Minas e Energia", completou. "Nós não estamos dizendo que se vai atender a reivindicação da Petrobras, estamos examinando."
A preocupação do governo é com o impacto de eventuais aumentos de preços de combustíveis para a inflação. "Nenhum aumento de preço é bom", comentou Lobão.
Na segunda-feira, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que a estatal busca "intensamente alinhar os preços internos de derivados de petróleo aos internacionais".
Após a valorização do dólar frente ao real, a Petrobras teve anulados os efeitos dos reajustes de combustíveis realizados no ano passado e no início deste ano. E a empresa continua vendendo combustíveis no Brasil a preços inferiores aos do mercado externo.
Aumentos
Desde 2012, a Petrobras já elevou por duas vezes o preço da gasolina e quatro o preço do diesel nas refinarias. No fim de junho daquele ano, a gasolina teve aumento de 7,83%, e o diesel, de 3,94%. Na ocasião, no entanto, o Ministério da Fazenda isentou a comercialização destes combustíveis da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), mantendo os preços estáveis aos consumidores finais.
No mês seguinte, o diesel voltou a sofrer reajuste, de 6% nas refinarias. Em janeiro deste ano, houve novo aumento, desta vez de 5,4% no diesel e de 6,6% na gasolina. Em março, o diesel voltou a ter seu preço reajustado nas refinarias, em 5%.
Após a última alta, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, que não havia previsão para novos reajustes este ano. A alta do dólar, no entanto, pressiona as contas da Petrobras. A estatal tem exportado menos e importado mais, aumentando o impacto negativo do câmbio.
Reprodução Cidade News Itaú
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