A empresa japonesa que administra a usina nuclear de Fukushima admitiu pela primeira vez nesta segunda-feira (22) que a água radioativa acumulada em baixo da central teria chegado até o oceano Pacífico.
A empresa admitiu o vazamento um dia após a ampla vitória eleitoral do Partido Liberal-Democrático do primeiro-ministro, Shinzo Abe, e de seus aliados do Novo Komeito no pleito que renovou parte do Senado japonês.
Ambos os partidos são favoráveis à retomada da produção de energia nuclear no Japão. Atualmente, dos 50 reatores nucleares japoneses somente dois estão em atividade. Os outros foram desativados após o desastre de Fukushima.
Há muito tempo, os valores da radioatividade na água localizada de baixo da central devastada pelo sismo e pelo tsunami do dia 11 de março de 2011 mostram valores em forte aumento, chegando a multiplicar por 110 a porcentagem de césio 134 nas amostras recolhidas entre o oceano e os reatores.
Entretanto, a Tepco argumentou que o impacto do vazamento radioativo, em grande parte proveniente das bases das estruturas dos reatores, fosse limitado, alegando que "havia um aumento anormal das taxas de radioatividade". "Gostaríamos de apresentar nossas mais sinceras desculpas por provocar graves preocupações para muitas pessoas, em particular para aquelas que moram em Fukushima", afirmou Masayuki Ono, um dos principais executivos da Tepco, durante uma coletiva de imprensa.
Segundo a empresa, na base das amostras coletadas o impacto no vazamento seria considerado "controlado" graças a cerca de segurança posicionadas em volta dos reatores, enquanto a barragem erguida para proteger o mar teria freado a dispersão da água radioativa.
Reprodução Cidade News Itaú
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