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terça-feira, julho 02, 2013

Lucicleide Régis: “Eu quero é ser livre... eu vou morrer de um infarto”


Essa foi uma das frases que a Proprietária do Mercadinho Regis, Lucicleide mencionou a reportagem do cidade em declarações a entrevista realizada pela reportagem, ao perguntarmos se a mesma era contra ou a favor da mudança da feira livre para os dias de sábado.

Sem querer esconder sua insatisfação com Projeto de Lei impetrado pelo poder Legislativo Municipal a empresária não hesitou em demonstrar sua insatisfação.

“Eu sou contra por isso: nós sabemos que quem abastece essa cidade aqui naquelas coisinhas ali de domingo é o pessoal de Apodi-RN, tudo bem! O pessoal de Apodi-RN se eles não vem, mas eles vão mandar alguém com aquelas coisas, tudo bem! Mais vai afracar. Que nós temos o exemplo de Severiano Melo, que acabou, Severiano Melo-RN acabou com essa feira passando para os sábados”. Exemplificou Lucleide dizendo que o mesmo aconteceria com o município de Itaú com a aprovação da Lei.

Lucicleide disse ainda ser importante que haja essa variedade no que diz respeito as feiras acontecerem em dias diferentes entre as cidades, para que os feirantes possam se articular e levar seus produtos a cada cidade, dizendo que o descanso faz quem que e quem pode descansar.

“Outra coisa. A feira daqui, sempre a daqui e a de Rodolfo Fernandes foi aos domingos. Um dia muito bom de se ter a feira nos domingos. Porque nós já temos Pau dos ferros, já temos Apodi, que tudo é nos sábados. A de Umarizal-RN que é cidade vizinha, também na segunda-feira, não coincide com a da gente, quer dizer, é legal, eu acho legal a nossa feira ser num dia de domingo. Tudo bem é o dia de descanso, mas faz descanso quem quer, quem pode e quer”. Enfatizou ela.

A insatisfação da proprietária com a Lei da mudança é também pelo fato de mesma sentir-se obrigada a fazer algo contra sua vontade, mesmo sabendo está de posse do que lhe pertence. Justificando que há 23 anos é comerciante e sempre trabalhou nos domingos e agora será obrigada a fechar as portas sob pena de multa.

“Meu comercio, por quê? Eu sei que a lei existe, mas porque eu ser obrigada a fechar meu comércio num dia de domingo? Porque eu ser obrigada? Chego já no dia de domingo, eu não tenho pra onde ir, 23 anos que eu abro essas portas no dia de domingo, porque hoje, se eu abrir minha porta no dia de domingo vou pagar uma multa? Porque eu tô abrindo uma propriedade minha, tô querendo trabalhar?”

Lucicleide revelou a reportagem do Cidade News que procurou um advogado para ir até o promotor em Apodi-RN para buscar o direito de abrir as portas do seu estabelecimento quando bem entender.

“Eu ia para Apodi falar com o promotor, com dois funcionários que trabalham comigo no domingo, eu ia pra lá falar com ele... eu falei com o advogado, contratei o advogado e ele mim disse que eu tenho todo direito de ir. Porque isso aqui é uma propriedade minha, se eu quiser abrir nos dias de domingo eu abro, e se eu quiser fechar eu fecho, eu não quero é ser obrigada a fechar ou abrir, eu não quero ser obrigada, eu quero ser uma pessoa livre, para abrir no dia que eu quiser e fechar no dia que eu quiser” afirmou ela.

A empresária dizia que o prefeito tinha ganho um ponto com ela, mesmo não sendo seu prefeito, pois o não elegeu, por ter vetado o projeto dos vereadores, foi quando foi interrompida pelo apresentador/jornalista, Arlindo Maia, quando disse que o Prefeito ainda não tinha dado nenhum parecer a respeito do projeto, apenas rumores corriam pela cidade de que ele tinha feito isso, porém não seria verdade.
“O Prefeito não é meu..., não é meu porque eu não elegi! mais ele não foi a favor, ganhou um ponto meu”, disse.

Finalizou suas palavras dizendo-se contra o projeto e que abriria de acordo com sua vontade, imaginando depois de 23 anos de luta, ficar sem trabalhar aos domingos. Para ela, não abrir as portas do seu comércio por um dia, daria um infarto de tanta raiva.

“O meu voto é contra mil, duas mil, três mil vezes, porque eu sou proprietária disso aqui e no dia que eu quiser fechar, eu fecho, e no dia que eu quiser abrir eu abro. Porque faz 23 anos que vivo nessa vida aqui, imagine chegar um dia de domingo e eu não poder abrir meu comércio, eu vou dar um infarto, eu vou morrer de raiva, porque eu estou aqui porque eu gosto de trabalhar... eu gosto de trabalhar” finalizou Lucicleide.


Arlindo Maia da Redação do Cidade News

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