Funcionários da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro estão vendendo sepulturas construídas sem autorização da prefeitura. A denúncia foi feita pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo (8).
A fraude envolve a ocupação de túmulos supostamente abandonados, construção de jazigos irregulares, falsificação de documentos e sonegação fiscal. Os problemas foram identificados nos cemitérios São João Batista, em Botafogo, zona sul; Cacuia, na Ilha do Governador; e São Francisco Xavier, no Caju, zona norte.
Os preços das sepulturas variam com a localização e qual pessoa famosa foi enterrada por perto. Próximo do túmulo do aviador Santos Dumont, por exemplo, R$ 310 mil.
A instituição centenária, que administra os 13 cemitérios públicos do Rio, está mergulhada em dívidas e processos, incluindo por falta de pagamento de funcionários e recolhimento de impostos.
O provedor da Santa Casa, Dahas Zarur, foi acusado pelo programa de desviar dinheiro da venda de imóveis da entidade e participar da falsificação de documentos.
Zarur confirmou a venda irregular de jazigos e roubos praticados por funcionários. Ele disse que imóveis da Santa Casa também foram negociados de forma irregular, mas negou participação nos casos e disse não saber explicar como as vendas foram concluídas.
A prefeitura do Rio afirmou que está insatisfeita com os serviços prestados pela Santa Casa e que fará uma licitação. A respeito da construção de jazigos em pontos irregulares, o município disse que isso pode causar problema de drenagem, contaminação do solo e do lençol freático.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!