Policiais militares do Rio de Janeiro prenderam na terça-feira (25) o analista de sistemas Mário Henrique Rodrigues Lopes, 28, principal suspeito de matar a mulher, Talita Juliane Peixoto Paiva, 24, no apartamento onde moravam, na Vila Isabel, zona norte do Rio,com golpes de martelo na cabeça. Ela será enterrada nesta quarta-feira (26) no Cemitério do Catumbi, também na zona norte da cidade.
Eles estavam casados havia menos de um mês, após um namoro de dois anos. De acordo com o delegado da DH (Divisão de Homicídios) Alan Duarte, as investigações são no sentido de tentar descobrir a motivação do crime. "Tudo leva a crer que foi ele. Não havia uma terceira pessoa no apartamento e não havia sinais de arrombamento", disse Duarte.
A polícia não conseguiu colher o depoimento do marido da vítima. Na delegacia, ele não conseguia coordenar um raciocínio lógico. A DH tenta descobrir se o analista de sistemas está em um surto psicótico ou simulando para fugir da condenação.
"Ele falava o nome da mulher, gritava 'liberdade', coisas sem sentido. Estava em um estado alterado. O que o laudo médico vai dizer se ele está fora de si ou fingindo", disse o delegado.
Vizinhos ouvidos pela DH contaram que escutaram uma briga no início da madrugada de terça-feira e ligaram para o 190. Os policiais militares foram ao local, indo embora cerca de meia hora depois, já que ninguém respondeu ao chamado no interior do apartamento.
Uma vizinha contou à polícia que pouco tempo depois ouviu o portão de ferro do prédio bater e viu o suspeito sair do edifício. A polícia foi novamente acionada. Os policiais encontraram a porta destrancada e o corpo da vítima no chão do apartamento.
Mudança de comportamento
Ainda de acordo com vizinhos ouvidos pela polícia, o comportamento da jovem mudou desde o casamento. "Os vizinhos contaram que ela deixou de falar com eles desde que o marido foi morar com ela no apartamento", disse o delegado que investiga o caso. "Por esse motivo, eles [os vizinhos] desconfiam que era em razão do ciúme do marido."
Parentes do agressor ouvidos ainda informalmente pela polícia contaram que o rapaz tem hábitos saudáveis e não é usuário de álcool ou drogas. "De acordo com o pai do suspeito, ele é um rapaz que pratica esportes, frequenta academia. As pessoas que convivem com ele não conseguem entender o que aconteceu", afirmou Duarte.
O analista de sistemas foi preso em flagrante e vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil. O suspeito está acautelado na unidade psiquiátrica do Hospital Municipal Lourenço Jorge.
Reprodução Cidade News Itaú
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