Um grupo de manifestantes, denominados "nacionalistas" entraram em confronto com pessoas que estavam com bandeiras de partidos durante protesto contra tarifas na avenida Paulista, centro de São Paulo. Segundo o Datafolha, a manifestação reunia cerca de 70 mil pessoas na via.
O principal confronto ocorreu entre um grupo de nacionalistas e manifestantes com bandeiras do PSTU e PT. Os "nacionalistas" querem que o protesto prossiga sem bandeiras partidárias e sem a interferência de partidos políticos.
Após uma das confusões, um homem teve um ferimento na cabeça e foi socorrido por outros manifestantes. Não há informações sobre a identidade dele nem detalhes sobre o estado de saúde.
Um homem usou um taco de hockei para ameaçar petistas. Durante a confusão, uma mulher caiu no chão e quase foi pisoteada. Ao menos duas bandeiras do PSTU e uma do PT foram tomadas de manifestantes e queimadas na avenida Paulista.
Apolíticos partiram para cima dos partidários com chutes e socos. Parte deles respondeu com bandeiradas e pedradas. A Polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo para conter a pancadaria.
Um grupo de nacionalistas armados com facas gritam contra os manifestantes do PT dizendo que vão "meter a faca". Eles entoam gritos e dizem que vão tomar todas as bandeiras
Membros do PSTU, PSOL, UNE, UJS (União Jovem Socialista) foram hostilizados por manifestantes na avenida Paulista, em frente à Fiesp. Juntos, os partidários começaram a deixar a região. A manifestante Fátima Sandalhel disse ter sofrido retaliações por vestir uma camiseta vermelha e estar próxima a grupos partidários.
"Nós estivemos em todas as manifestações anteriores para agora sermos expelidos na manifestação. Usar camisa vermelha é um direito, usar camisa é um direito. O que aconteceu hoje aqui é um atentado à democracia", disse Sandalhel.
Houve um princípio de confusão, quando uma bandeira do PSTU foi rasgada e um militante partiu para cima de um manifestante. As pessoas também cantam gritos de guerra contra o PT.
"Os caras com bandeira de partido querem levar vantagem. O Passe Livre está com o PT", disse o universitário Bruno Scorziello, 22, após tentar impedir a passagem do protesto.
Após a confusão, muitos militantes choraram: "Estão acabando com anos de luta. Não queremos reivindicar para nós, queremos somar", disse um deles sem se identificar.
TARIFA
O Movimento Passe Livre, que organiza o protesto, comemorou a redução de R$ 3,20 para R$ 3, mas afirmou que agora vai lutar para conseguir tarifa zero no transporte público. Ao anunciarem a redução, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) disseram que investimentos serão reduzidos.
Reprodução Cidade News Itaú
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