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segunda-feira, junho 10, 2013

Arquiteto assassinado no RN morreu ao sofrer pressão no pescoço, diz Itep

Vestes de Petronyo Costa foram achadas às margens da lagoa onde o corpo dele foi encontrado (Foto: Igor Jácome/G1)O arquiteto Petronyo Ulisses Costa, de 27 anos, cujo corpo foi encontrado na última sexta-feira (7) numa lagoa localizada no município de Poço Branco, a 60 quilômetros de Natal, foi morto por "constrição no pescoço, uma forte pressão que causou o impedimento da respiração”, revelou Abelardo Rangel, médico-legista do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), responsável pela necropsia no corpo da vítima. 
Ainda de acordo com Abelardo, “não dá pra dizer se ele foi enforcado, pois o corpo estava em avançado estado de putrefação. Mas é muito provável que tenha sofrido uma esganadura”, acrescentou. O laudo com a causa morte, no entanto, ainda não está concluído. “Estamos aguardando alguns exames complementares que podem apontar se houve ingestão de alguma substância química”, explicou. Quando o corpo foi encontrado, a Polícia Militar chegou a informar que havia marcas de disparos de arma de fogo na cabeça da vítima, mas o legista negou que Petronyo tenha sido assassinado a tiros.
O arquiteto, sobrinho do vice-prefeito de João Câmara, foi visto com vida pela última vez na noite da terça-feira passada, dia 4. Segundo Josafá Araújo da Costa, tio do jovem, Petronyo desapareceu depois de sair de um bar que fica nas proximidades da igreja matriz de João Câmara, por volta das 22h.
Na madrugada da última quinta (6), três adultos e dois adolescentes chegaram a ser detidos e levados à delegacia. Dois deles foram presos no bairro de Mãe Luiza, em Natal, onde a polícia encontrou o carro do arquiteto. Os demais foram presos poucas horas depois, em João Câmara, também sob a suspeita de terem participado do desaparecimento. Porém, por falta de provas, a Justiça não concedeu os pedidos de prisão temporária solicitados pela polícia e mandou soltar os presos.
Ainda na sexta, antes mesmo de o corpo de Petronyo ser encontrado, assumiu as investigações o delegado Ben-Hur de Medeiros, titular da Delegacia Especializada em Capturas. Ele foi procurado pelo G1 para falar sobre a possibilidade de solicitar novamente a prisão dos suspeitos, mas ele se negou a dar qualquer informação sobre o andamento do inquérito.comentários

O corpo de Petronyo Costa foi velado e enterrado na noite da sexta-feira. Centenas de pessoas compareceram ao Ginásio Poliesportivo de João Câmara (veja vídeo ao lado), onde puderam se despedir do jovem arquiteto. De lá, o cortejo fúnebre seguiu pelas ruas da cidade até o cemitério. Familiares disseram que Petronyo havia acabado de montar um escritório em Natal e fazia planos para o futuro. Emocionados, eles evitaram falar sobre o que pode ter motivado o crime.
Investigações
O delegado Ben-Hur de Medeiros, designado para assumir as investigações sobre o desaparecimento e morte do arquiteto, limitou a dizer ao G1 que ainda está se inteirando do caso para prestar mais informações.
O carro de Petronyo foi achado na madrugada da quinta-feira (6). O veículo do jovem, um Sandero de cor prata, foi abandonado no bairro de Mãe Luiza, em Natal, perto de uma residência onde foram detidos dois suspeitos. Na ocasião, foram conduzidos à delegacia um adolescente de 16 anos e um jovem de 25 anos, que estavam de posse de um revólver. Mais tarde, dois adultos e um menor de 17 anos também foram presos suspeitos de participar do desaparecimento do arquiteto. Estes últimos foram localizados em João Câmara.
Um deles, de acordo com o delegado Antônio Taveira, que iniciou as investigações, foi flagrado por câmeras de vigilância de um posto de combustíveis dirigindo o carro de Petronyo. Nas imagens, feitas entre as 3h e 4h da quarta-feira (5), Taveira disse que é possível ver que o arquiteto também estava no veículo. A polícia ainda confirmou que o suspeito que aparece nas imagens tem um histórico de crimes. “Ele tem envolvimento com dois homicídios, um quando era menor de idade e outro já quando maior”, disse o delegado. “E também é envolvido com o tráfico de drogas”, acrescentou.
Apesar das evidências, a Justiça não acatou os pedidos de prisão temporária feitas pelo delegado e todos os suspeitos foram soltos.

Reprodução Cidade News Itaú

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