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quinta-feira, abril 04, 2013

Coreia do Norte desloca míssil para costa leste, afirma Coreia do Sul


Pelo 2º dia seguido, Coreia do Norte proibiu o acesso de sul-coreanos ao complexo industrial de Kaesong
A Coreia do Norte movimentou em direção a sua costa oriental o que parece ser um míssil Musudan, com alcance de 4.000 quilômetros, informaram nesta quinta-feira (4) fontes do governo sul-coreano.

"As autoridades de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos detectaram indícios de que a Coreia do Norte movimentou um objeto que parece ser um míssil de alcance médio rumo a sua costa leste", disseram autoridades do governo à agência de notícias local "Yonhap".

O objeto teria sido levado de trem, segundo informaram funcionários de Seul à agência sul-coreana. Eles também indicaram que os analistas de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos mantêm uma estreita vigilância e acreditam que a Coreia do Norte pode lançar o míssil Musudan em 15 de abril, aniversário do nascimento do fundador do país, Kim Il-sung.

O alcance desse míssil dá à Coreia do Norte a possibilidade de atingir a base norte-americana na ilha de Guam, no Pacífico, localizada a 3.200 quilômetros do país comunista.

A ilha foi um dos alvos que, junto com o Havaí e a costa oeste do território continental norte-americano, a Coreia do Norte ameaçou atacar na semana passada.

Nesta quarta-feira (3), o Pentágono anunciou que deslocará nas próximas semanas um sistema antimísseis para sua base em Guam, como medida de "precaução" para fortalecer sua posição de defesa contra a ameaça regional de mísseis balísticos da Coreia do Norte.

O movimento dos Estados Unidos é uma resposta ao anúncio feito horas antes pelo Exército Popular da Coreia do Norte, que assegurou ter aprovado um ataque "com meios nucleares" contra o país, em um novo episódio da campanha de ameaças do regime contra Seul e Washington.

Coreia do Norte mantém complexo industrial fechado
A Coreia do Norte manteve fechado nesta quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo, o complexo industrial de Kaesong.

Na quarta-feira, o país havia proibido o acesso de trabalhadores sul-coreanos ao complexo, aberto em 2004 e que simboliza a cooperação intercoreana.

A Coreia do Norte não informou durante quanto tempo manterá o bloqueio, mas precisou que os centenas de sul-coreanos que permanecem em Kaesong estão livres para retornar ao Sul.

Em Kaesong, trabalham mais de 50 mil norte-coreanos, a maioria para pequenas empresas sul-coreanas que atuam na área manufatureira produzindo roupas, calçados, relógios e utensílios de cozinha, entre outros.

O parque industrial, que conta com pesados investimentos sul-coreanos, até o momento se mantinha em atividade, à margem da crescente crise na península coreana.

Reator nuclear norte-coreano
Imagens de satélite divulgadas nesta quarta-feira pelo Instituto Estados Unidos-Coreia mostram que a Coreia do Norte começou a fazer obras em seu reator nuclear de Yongbyon, após ter anunciado esta semana que reiniciaria sua atividade.

A instituição, vinculada à universidade Johns Hopkins de Washington, diz em seu site que essas obras de restauração "podem estar destinadas a reiniciar a instalação", que foi paralisada em 2007 mediante um acordo assinado no marco das negociações para a desnuclearização de Pyongyang.

Além disso, assinala que as obras começaram entre meados de fevereiro e o fim de março e que o complexo de Yongbyon pode estar em funcionamento "em algumas semanas".

As imagens por satélite, feitas pela empresa DigitalGlobe em 27 de março, mostram, segundo a fundação, "escavações" que podem estar vinculadas à substituição de componentes do "circuito de refrigeração secundário", que foi paralisado pelo acordo de 2007. 

Reprodução Cidade News Itaú

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