O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou à indústria de armas do país que aumentasse a produção de artilharia "para garantir um rápido ataque preventivo", informou neste sábado (6) a televisão estatal norte-coreana "KCTV".
A emissora exibiu um documentário sobre uma reunião de trabalhadores da indústria de armas presidida por Kim em 17 de março, quando o líder pediu aos operários que "garantissem a qualidade de nossa artilharia e projéteis para assegurar um rápido ataque preventivo contra nossos inimigos".
O jovem líder, cuja idade é estimada entre 29 e 30 anos, afirmou durante seu discurso, publicado pela agência sul-coreana "Yonhap", que "uma vez que exploda a guerra", será preciso destruir as posições militares e as instituições governamentais primordiais dos inimigos "com um ataque rápido e repentino".
Kim também assinalou que os inimigos da Coreia do Norte estão se preparando para a guerra, o que exige ainda mais produção de uma artilharia de qualidade por parte dos norte-coreanos.
No documentário, o líder aparece acompanhado por Pak To-chun, secretário da Indústria Militar do Partido dos Trabalhadores (principal órgão político do regime comunista norte-coreano) e seu principal pilar junto ao poderoso Exército Popular.
Nesta sexta-feira (5), a Coreia do Norte colocou dois de seus mísseis de médio alcance em lançadores móveis e os escondeu na costa leste do país, segundo a agência "Yonhap", como parte de uma campanha de atos hostis contra a Coreia do Sul e os EUA e ameaças de guerra.
O mais recente capítulo da ofensiva retórica belicista norte-coreana ocorreu nesta sexta-feira, quando o regime recomendou a evacuação dos funcionários de todas as embaixadas de países estrangeiros credenciadas em Pyongyang, sob o argumento de que não pode garantir sua segurança.
Complexo industrial permanece fechado
A Coreia do Norte se recusou neste sábado a retirar a proibição de acesso de sul-coreanos às empresas na zona industrial conjunta do lado norte-coreano da fronteira.
A entrada do complexo de Kaesong, fundado por Seul, está proibida desde quarta-feira (3), no momento em que as tensões chegaram ao seu nível mais alto em anos.
Autoridades da Coreia do Sul chegaram a advertir que o bloqueio de matérias primas e de trabalhadores poderia obrigá-las a suspender as operações em Kaesong em alguns dias.
Pyongyang permitiu a saída dos sul-coreanos que permaneciam em Kaesong, e a volta de cem deles era esperada neste sábado. Com isso, cerca de 500 continuarão no complexo, indicou o ministério da Unificação da Coreia do Sul.
O ministro da Unificação, Ryoo Kihl-Jae, disse na sexta-feira que Seul considera retirar seus cidadãos de Kaesong se a situação ficar insustentável.
Pyongyang já havia ameaçado tirar seus 53 mil trabalhadores contratados por 123 empresas sul-coreanas e fechar todo o complexo.
Kaesong, localizado na Coreia do Norte, a dez quilômetros da fronteira com o Sul, foi criado em 2004 e é fundamental para a economia do país comunista.
Reprodução Cidade News Itaú
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