A bancada do PSC na Câmara decidiu nesta terça-feira (11) manter o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos. A decisão foi anunciada pelo líder do partido, André Moura (SE), após reunião com a bancada.
"A bancada de forma unânime mais uma vez reafirmou a posição de continuar com a indicação do pastor Marco Feliciano para presidir a comissão”, disse. Segundo André Moura, Feliciano assumiu o compromisso de conduzir os trabalhos da comissão da “forma mais ampla possível”.
"Vai abrir para o debate, a discussão, abrir para que todos possam participar, respeitando a todas as posições, a todos os segmentos. Na certeza de que vai agir como verdadeiro magistrado", disse.
Alvo de protestos por causa de declarações sobre africanos e homossexuais, Feliciano participou da reunião da bancada do PSC e confirmou sua escolha. "É a posição do meu partido, então respeito o meu partido. Eu fico", disse. Indagado como enfrentará protestos contra sua indicação, ele afirmou: "Com tranquilidade, eu sou um homem sereno."
Ele não quis responder a outras perguntas e disse que fará um pronunciamento nesta quarta (12) às 14h na reunião da Comissão de Direitos Humanos.
Aval de partidos
Antes da reunião da bancada do PSC, líderes se reuniram no gabinete do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e a maioria defendeu o direito do PSC de escolher livremente o presidente da Comissão de Direitos Humanos.
No início da reunião, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) disse que a manutenção de Feliciano à frente da comissão gera um problema "político", já que as reuniões do grupo ocorrerão em meio a manifestações de estudantes, defensores dos direitos humanos e homossexuais.
No entanto, os demais líderes partidários, apesar de se mostrarem preocupados com os protestos contra Feliciano, declararam apoio ao PSC. O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), disse que a escolha para presidente da Comissão de Direitos Humanos é prerrogativa do PSC. A liderança do PR também manifestou apoio ao PSC, assim como o PMDB.
A deputada Manuela D’ávila (PCdoB-RS) reconheceu que a presença de Feliciano vai representar "crise o ano todo", mas admitiu que o próprio partido, o PC do B, abriu mão de vaga na Comissão de Direitos Humanos para ficar com a Comissão do Trabalho. O PPS também declarou apoio ao PSC.
Reprodução Cidade News Itaú
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