O cardeal americano Timothy Dolan, um dos mais cotados para assumir o principal cargo da Igreja Católica, disse que as pessoas que acreditam em seu favoritismo "podem estar bebendo demais ou fumando maconha". A declaração foi feita à rede de televisão "CNN" na última quinta-feira (28), logo após o fim do pontificado de Bento 16.
"Estou lisonjeado em saber que as pessoas pensam isso. Mas não apostaria a hipoteca de minha casa nessa suposição", afirmou. Dolan será um dos 115 cardeais que participará do conclave --cuja data ainda não foi definida-- para eleger o novo papa.
Está será a primeira vez que o cardeal americano --nomeado ao cargo no ano passado por Bento 16 -- terá a oportunidade de escolher um santo padre. E Dolan admitiu ser um "novato" nessa missão, mas disse já ter definido sua estratégia.
"Aquele que eu olhar e me lembrar de Jesus", disse. "Quando vemos [o papa], estamos imediatamente elevados ao além, à verdade eterna e ao homem que se descreveu como a verdade, Jesus Cristo."
Essa é uma característica "sobrenatural", disse ele, mas como qualquer eleitor em qualquer eleição, há algumas características "naturais" que Dolan procura em seu próximo chefe. "Deve ser um bom pastor, ser bem versado na tradição católica, estar ciente das diversas necessidades dos católicos de todo o mundo e ter boas habilidades gerenciais", citou na entrevista à CNN.
O cardeal americano, no entanto, não acredita que haja muita esperança para os católicos progressistas, que esperam para ver a grande mudança na igreja. "Para um papa, a declaração de missão é conservar, no melhor sentido da palavra. Isso não significa, porém, que não possa mudar a forma como essa missão é apresentada. Mas, mexer nos ensinamentos imutáveis da igreja, esse não é seu papel."
Durante a entrevista, Dolan também admitiu que independente do cardeal que for escolhido para suceder Bento 16 vai herdar uma igreja com "sérios problemas". "Nós tivemos tumulto na igreja desde o início", relatou ele, que afirmou que o importante é que as pessoas entendam que "o abuso" não é resultado do ensinamento da igreja, mas sim de uma "falha em seguir esse ensinamento".
Reprodução Cidade News Itaú
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