Apesar de ainda não ter concluído o inquérito que investiga as 241 mortes na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a Polícia Civil afirma que novas linhas de investigação serão iniciadas logo após o término da primeira fase, previsto para ocorrer até sexta-feira (22). De acordo com o delegado Sandro Meinerz, todos os fatos apurados até o momento podem gerar mais três ou quatro inquéritos no futuro, como mostra a reportagem do Bom Dia Rio Grande, da RBS TV (veja o vídeo).
“Nós temos agora pessoas presas e estamos trabalhando para concluir a investigação em cima dessas questões. Todas as questões acessórias vão derivar mais dois, três, talvez até quatro investigações e cada uma delas demandará um inquérito policial para apurar”, salientou Meinerz.
Na segunda-feira (18), um dos depoimentos mais esperados da reta final do inquérito foi cancelado. Elissandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da boate Kiss, preferiu ficar em silêncio por não ter sido permitido que seu testemunho fosse gravado em vídeo. De acordo com a defesa, a polícia não justificou o motivo da proibição.
"Fizemos o requerimento de filmagem para que todo o ato de maneira integral, com as expressões, com a linguagem corporal, com as manifestações todas do Elissandro, ficasse à disposição da imprensa. E aí houve o não peremptório da autoridade policial sem nenhuma justificativa", disse o advogado Jader Marques.
Para o delegado Marcelo Arigony, a atitude do empresário não interfere na investigação. “O processo na verdade é uma garantia do réu. Se ele está abrindo mão deste direito de falar neste momento, o inquérito será concluído sem esse segundo depoimento”, afirmou.
Segundo Jader Marques, seu cliente está disposto a assumir parte da culpa pela tragédia, mas junto a isso espera que a prefeitura, bombeiros e Ministério Público sejam responsabilizados criminalmente.
Reprodução Cidade News Itaú
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