Testes indicam carne de cavalo em salsichas na Suécia

Dois dias depois de anunciar que retiraria do mercado almôndegas suspeitas de conter carne de cavalo, a gigante sueca de móveis Ikea, que também vende especialidades culinárias em suas lojas, anunciou nesta segunda-feira que retirará da venda salsichas na França, Reino Unido, Espanha, Irlanda e Portugal.

"Com base nas centenas de testes que recebemos até agora, existem algumas indicações de carne de cavalo", disse nesta quarta-feira a porta-voz da Ikea, Ylva Magnusson.

A empresa vai deixar de vender todos os produtos do mesmo fonecedor que contenham carne.

O Anúncio ocorreu algumas horas depois que a Agência Nacional de Alimentação sueca confirmou ter encontrado restos de carne equina em almôndegas e outros produtos da fornecedora Dafgård, em uma proporção que vai de 1% a 10%.

A Dafgård produz almôndegas para a maior parte das divisões nacionais da Ikea na Europa, exceto em alguns países como a Noruega e a Suíça, que são abastecidas por produtores locais.

No ano passado, 5% do faturamento da empresa veio de seus restaurantes.

Salsichas com carne de cavalo foram importadas da União Europeia para a Rússia, de acordo com a agência de fiscalização agrícola do país.

Segundo a agência, DNA equino foi encontrado em um carregamento enviado para a região de Moscou, e acredita-se que tenha vindo da Áustria.

Ao que tudo indica, foi o primeiro caso de carne de cavalo importada para a Rússia desde o começo do escândalo na Europa.

O escândalo, que começou no mês passado na Irlanda e rapidamente se espalhou por toda a Europa, levou à retirada de alimentos prontos das prateleiras dos supermercados e abalou a confiança da população em relação à comida servida em seus pratos.

Além disso, levantou dúvidas e preocupações sobre a identificação de alimentos e a complexa cadeia de abastecimento da União Europeia (UE), pressionando os governos a dar explicações sobre os lapsos em controle de qualidade.

Nos mês que se seguiu ao primeiro caso de carne de cavalo na Irlanda, não há notícia de que ninguém tenha ficado doente por ter comido carne de cavalo, mas muitos supermercados e redes de fast food também vêm lutando para manter sua reputação.

Reprodução Cidade News Itaú