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terça-feira, fevereiro 05, 2013

Promotoria pede afastamento e bloqueio de bens do vereador de SP Aurélio Miguel


Promotoria pede afastamento e bloqueio de bens do vereador de São Paulo Aurélio Miguel (PR)
O Ministério Público pediu o afastamento do cargo, bloqueio de bens e quebra dos sigilos bancário e fiscal do vereador Aurélio Miguel (PR) por suspeita de receber propina para viabilizar as obras de expansão do shopping Pátio Paulista, na Bela Vista, região central de São Paulo.

Também é réu na ação Hussain Aref Saab, ex-diretor do Aprov, setor da prefeitura que aprova plantas de prédio de médio e grande portes, que adquiriu 106 imóveis nos pouco mais de sete anos em que esteve no cargo, conforme a Folha revelou em maio do ano passado.

Miguel e Aref são acusados pelo promotor Marcelo Milani de improbidade administrativa e corrupção.

Eles teriam recebido R$ 640 mil de propina da BGE, empresa do grupo Brookfield que administra shoppings, para não impedir a emissão do alvará de aprovação da obra, em 2009.

O pagamento teria sido feito em dinheiro vivo, transportado em carro-forte, segundo depoimento de uma ex-executiva da BGE obtido pela Folha. Ela repetiu todas as informações aos promotores que investigam o caso.

Notas fiscais emitidas pela empresa PAN Administração teriam sido usadas para justificar a saída do dinheiro do caixa da BGE.

A PAN, a Seron --outra empresa que prestava serviços à BGE-- e seus diretores Pedro Augusto do Nascimento Júnior e Antonio Carlos Chapela Nores, também são acusados pelo Ministério Público.

Constam ainda da ação Manoel Bayard de Lima, Filipe Araújo Leite de Vasconcelos e Márcia Saad Pierucci, dirigentes do grupo Brookfield na época das negociações com Aref e Miguel.

Eles são citados em e-mails que foram entregues aos promotores por ex-executivos da BGE que prestaram depoimento e confirmaram o envolvimento do vereador e do ex-diretor da prefeitura.

A PAN, Pedro Augusto do Nascimento Júnior e o vereador Aurélio Miguel negaram as irregularidades e informaram que não comentarão o caso porque não foram notificados pela Justiça.

A Folha procurou os outros envolvidos, mas ainda não recebeu resposta. Anteriormente, todos negaram as acusações.

Reprodução Cidade News Itaú

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