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sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Preso cirurgiado e sem movimento das pernas é mantido no Núcleo de Custódia da PC


Família questiona a decisão da justiça, tendo em vista que a unidade não oferece condições dignas para o jovem. Foto: Sergio Costa
O jovem Daivson Justino Dos Santos, de 30 anos, detido por força de um mandado de prisão, aguarda julgamento em uma das salas do Núcleo de Custódia da Polícia Civil, no bairro da Cidade da Esperança, deitado em um colchão e sem poder se mover. O rapaz, que trabalhava como ASG, foi alvo de um atentado há um mês, foi submetido a uma cirurgia, mas acabou perdendo parte dos movimentos das pernas.

Após ser acusado de tráfico de drogas, Daivson ,que é morador do bairro de Brasília Teimosa, recebeu da justiça a notícia que deverá cumprir pena em regime fechado. No entanto, diante das condições atuais do presidiário, a família procurou a reportagem do Portal BO para denunciar e pedir ajuda.

Segundo a irmã de Daivson, desde que deixou o hospital, o rapaz não consegue andar e realiza pequenas atividades com a ajuda das pessoas. “Não é possível que irão deixar o meu irmão desse jeito. Ele não pode fazer nada sem a ajuda de alguém. A justiça tem que fazer alguma coisa”, disse.

De acordo com a diretora da unidade, Tânia Pereira, o preso está em uma sala que foi improvisada pelos próprios policiais que fazem a guarda do núcleo par acomodá-lo de forma mais digna, no entanto, com o quadro de saúde delicado e comprometido, o jovem deveria está em um local adequado. ” Estamos fazendo de tudo, mas ele tem que ser transferido urgentemente para um outro lugar ou até mesmo requerer na justiça a prisão domiciliar”, informou.

Muito debilitado e falando baixo, Deivson pdiu ao poder público que tivesse compaixão. Chorando o rapaz disse que não aguenta mais ficar alí daquela forma. “Eu já não sei o que fazer. Eu sinto muita dor pro toda parte do corpo e às vezes não tem ninguém para me dar um remédio”, relatou.

O Núcleo de Custódia abriga hoje 76 presos amontoados em um espaço mínimo de uma cela que antes era solário. Diariamente, os policiais militares que prestam serviço a Delegacia Geral da Polícia Civil (Degepol) encontram material usado para serrar as celas além de instrumentos utilizados na escavação de buracos. As fugas e tentativas também ocorrem com muita frequência no local preocupando a polícia e os moradores da localidade.

Reprodução Cidade News Itaú

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