Os primeiros resultados divulgados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP), na manhã desta sexta-feira (1º), descartam a possibilidade de contaminação por bactéria nos lotes de soro fisiológico usados nos exames de ressonância magnética de três pacientes em hospital de Campinas (SP). Eles morreram após o procedimento. O secretário municipal de Saúde, Cármino de Souza, afirma que não foram encontrados na substância endotoxinas, parte da parede celular de algumas bactérias que só são liberadas após a destruição da célula do microorganismo.
Apesar da divulgação dos primeiros laudos, os lotes de soro seguem interditados para a realização de outras análises, como presença de fungos e alteração química. A superdosagem de contraste, produto químico usado na ressonância que ajuda na visualização dos órgãos, também foi descartada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com Cármino de Souza. Durante a reconstituição dos exames no Hospital Vera Cruz realizada pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (31), a hipótese de falha humana e nos equipamentos foi rejeitada, segundo o secretário.
Os funcionários que realizaram as ressonâncias nas três vítimas participaram dos trabalhos. "Eles foram adequados e estamos mais propensos para a linha toxicológica. A checagem da bomba de infusão não mostrou aumento de volume ou velocidade. Para os nossos técnicos e da Anvisa, não houve problema no equipamento", explica Cármino de Souza.
Dois pacientes usaram esta bomba para aplicar os remédios. No terceiro caso, a aplicação foi feita por seringa. O secretário de Saúde afirmou que os primeiros resultados dos exames de necrópsia, feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) nos corpos das vítimas, também devem ser divulgados nesta sexta-feira pela Polícia Civil. Entre as informações que podem ser disponibilizadas estão a análise histológica, que verifica se existe colônia de bactérias no organismo, e análise toxicológia, que verifica presença de substâncias químicas.
A conclusão das investigações policiais do caso depende de outros resultados da perícia e da avaliação feita pelo Instituto Adolfo Lutz em medicamentos usados nos exames. A possibilidade de sabotagem também é analisada.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!