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quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Mesmo com chuvas, volume dos açudes e barragens é preocupante


O sertanejo abriu um tímido sorriso com as chuvas que caíram nos últimos dias. A elevação do nível dos açudes trouxe esperança de melhorias para o abastecimento, a irrigação e a produção de pescado, mas ainda assim a situação dos principais reservatórios de água do Rio Grande do Norte requer cautela. É o que solicita o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), na voz do engenheiro civil Aldo José. “São chuvas pontuais, que variam em seu volume de acordo com a região. Enquanto algumas áreas tiveram mais de 100 milímetros, outras não passaram de 30″.

Exemplos que justificam a calma solicitada são os açudes Itans, em Caicó, o Pau dos Ferros, o Mendobim e a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, ambos em Assu.  Com a capacidade total ocupada em apenas 28,81%, 44,18%, 18,93% e 49,47%, respectivamente, a disposição hídrica do Estado ainda é preocupante. “A Armando Ribeiro mascara muito a realidade, pois só ela tem 1,2 bilhão de metros cúbicos de água”, diz Aldo José, ao abordar o principal responsável pelo abastecimento na região Central – cuja capacidade total é de 2,4 bilhões de metros cúbicos.

Segundo Aldo, o DNOCS administra 31 açudes públicos – outros 12 foram repassados para o Estado. O número contempla cinco bacias hidrográficas (Apodi/Mossoró; Piranhas/Assu; Ceará-Mirim; Jacú e Trairí), cuja média de volume atual fica em torno de 38,4%. “Vamos aguardar essa próxima reunião dos meteorologistas para sabermos o que virá pela frente. A barragem Armando Ribeiro, por exemplo, só enche depois que todos os açudes que compõem a bacia do Piranhas/Assu. Só quem sabe mesmo do futuro é são Pedro”.

A escassez de chuvas secou o Nordeste. E aqui no Rio Grande do Norte, açudes, como o Pilões, Tesoura, em Francisco Dantas, e o Umarizal estão zerados – o Sossego, em Rodolfo Fernandes, e o Arapuã, em José da Penha, estão com menos de 10% do possível. “Esses são os mais complicados. Como estamos em uma região semiárida, com pontos em processo de desertificação, isso termina acontecendo”, destaca Aldo José sobre o trecho da America do Sul mais afetado pela alteração nos ventos alísios e o aquecimento Atlântico Norte, motivos da pior seca em 50 anos.

Reprodução Cidade News Itaú

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