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quarta-feira, janeiro 30, 2013

Servidores da Sesap sob ameaça devido ao não pagamento da folha


O Sindsaúde pede aos servidores que estão nesta situação que procurem a entidade de classe. Foto: Divulgação
Servidores da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) responsáveis pela folha de pagamento estão sendo ameaçados de morte por servidores que estão há dois meses sem receber os salários. Apesar de ter dito nesta terça-feira, 29, que iria pagar a estes servidores, o governo novamente voltou atrás e não há perspectiva de pagamentos. Os advogados do Sindsaúde estão em plantão de hoje, 30 até sexta, 1, para entrar com mandados de segurança para garantir os salários dos servidores.

Como tudo começou

O governo estadual efetuou durante o mês de novembro um recadastramento dos servidores da saúde do estado visando encontrar servidores fantasmas e outros problemas que pudessem advir de maus funcionários. Após este recadastramento foram identificados cerca de 400 pessoas que não teriam respondido ao censo. Como várias delas procuraram a Secretaria de Administração e Recursos Humanos com seus respectivos comprovantes de cadastro foi aberta uma nova oportunidade para que estes servidores respondessem ao censo em 3 de janeiro de 2013.

Com o novo cadastro, 229 servidores regularizaram sua situação e iriam receber os pagamentos de dezembro e janeiro na próxima quarta-feira, 30. Entretanto, a notícia de que o secretário de administração Álber Nóbrega mandou suspender o pagamento destes servidores chegou ao Sindsaúde na sexta-feira, 25, e desde então contatos vem tentando ser mantidos e nada. Na manhã desta segunda-feira, 28, uma comissão do Sindsaúde e alguns servidores que foram prejudicados estiveram na Searh na tentativa de obter respostas, em vão.

Casos graves

O governo admitiu uma falha nos computadores da Searh no dia 23 de novembro, último dia do censo, das 8h30 às 10h30 e deu uma nova chance para os servidores. Quem conseguiu se regularizar recebeu os salários no dia 23 de janeiro. Entretanto a secretaria não admite outros erros graves. É o caso da nutricionista do Hospital Ruy Pereira, Maria Eleide, que cumpriu o censo no dia 19 de novembro, possui todos os comprovantes e não consta nos dados da secretaria. Ela refez o cadastramento  no dia 3 de janeiro e corre o risco de ficar ainda sem pagamento.

Devido ao atraso nos salários ela diz que já esgotou suas opções de crédito como cheque especial e cartões de crédito. Quando procurou o banco para tentar fazer empréstimo  foi informada que em seu cadastro consta como se ela tivesse sido desligada do estado. “Isso é um absurdo, pois eu estou trabalhando, inclusive Natal e feriados, cumpri tudo que o governo disse e não sei mais a quem apelar”, afirmou.

Há casos de aposentados também, que não deveriam sequer ter que responder a um censo como este, pois não são mais lotados em qualquer órgão ou hospital específico, e tiveram seus salários suspensos. O Sindsaúde tem ajudado os casos mais graves com cestas básicas.

O Sindsaúde pede aos servidores que estão nesta situação que procurem o sindicato para que possa ser tomada uma decisão coletiva para  pressionar o governo e que mais pais e mães de família não venham a passar necessidades.

Reprodução Cidade News Itaú

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