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sábado, janeiro 26, 2013

Justiça autoriza venda de sítio do goleiro Bruno em Minas Gerais para quitar pensão em atraso ao filho


O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) informou nesta sexta-feira (25) que a juíza Maria Cristina de Brito Lima, da 1ª Vara de Família, da Barra da Tijuca, autorizou a venda do sítio do ex-goleiro Bruno Souza, localizado em Esmeraldas, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte.

Parte do dinheiro arrecadado com a venda do imóvel que, segundo a Polícia Civil mineira, serviu de cativeiro para Eliza Samudio antes de sua morte, em 2010, será destinada a pagamento de pensão alimentícia em atraso para o filho do jogador com sua ex-amante.

Segundo a assessoria do tribunal, a magistrada acatou pedido da advogada de Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, que detém a guarda da criança. Por se tratar de uma ação que tramita em segredo de justiça, a assessoria não soube informar a data da liberação dada pela juíza nem se o goleiro tem outros bens em seu nome que podem estar bloqueados pela Justiça. O setor também não soube precisar o valor da dívida do atleta pela pensão em atraso.

O advogado José Arteiro Cavalcante, representante da mãe de Eliza em Minas Gerais, afirmou que a propriedade já teria sido vendida por R$ 400 mil, no final do ano passado, sendo que o montante foi repassado integralmente para Sônia Moura, que negou ter recebido o dinheiro. Ela mora com a criança em Mato Grosso do Sul. O sítio estava sendo vendido por R$ 800 mil.
O UOL tentou contato com Maria Lúcia Gomes --advogada de Sônia no Mato Grosso do Sul--, mas não obteve sucesso.

Já o advogado Francisco Simim, defensor de Dayanne de Souza, ex-mulher de Bruno, negou que o pagamento referente à venda da propriedade tenha sido feito. Segundo ele, o imóvel pertence ao jogador e à ex-mulher, com que Bruno tem duas filhas.

"Tem que ser dada uma satisfação a Dayanne, ela tem duas filhas e precisa do dinheiro para sustentá-las. Se houver o pagamento de pensão alimentícia em atraso, esse valor será retirado da parte que cabe ao Bruno. A Dayanne não tem nada a ver com isso", afirmou Simim.

Simim revelou, no entanto, que o sítio já havia sido negociado com um comprador, há mais de um ano, e o pagamento da compra do imóvel estaria condicionado à liberação feita pela Justiça do Rio de Janeiro. O negócio, segundo o advogado, foi intermediado por ele, que contesta os valores informados por Cavalcante. No entanto, Simim não revelou por quanto o sítio teria sido negociado com o novo proprietário.

"O pagamento não foi efetuado porque o bem estava indisponível pela Justiça. No dia que o comprador registrar o imóvel em nome dele, vai fazer o pagamento" disse o advogado. "Inclusive, ele já gastou uma fortuna para reformar o local, porque estava tudo depredado", revelou Simim.

Júri popular
Bruno e mais dois réus serão julgados no início de março deste ano pelo sumiço e morte de Eliza Samudio, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Nesse fórum, em novembro do ano passado, o réu Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi condenado a 15 anos de prisão, em regime fechado, pelos crimes de sequestro e cárcere privado e morte de Eliza, e do sequestro e cárcere do filho dela. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.

Já Fernanda Castro, outra ex-amante do goleiro, foi condenada a cinco anos de prisão pelos crimes de sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio e do filho dela. Como a pena foi inferior a seis anos, ela vai cumpri-la em liberdade.

Outros dois réus, Elenílson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, vão a júri popular, mas ainda sem data definida.

Reprodução Cidade News Itaú

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