A Justiça de Americana (127 km de São Paulo) adiou, por 30 dias, a sentença da acusação de tráfico de drogas contra Geraldo Antonio Baptista, o Rás Geraldinho Rástafari, 53, líder da Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil, conhecida como "igreja da maconha".
Durante o último dia de julgamento do caso, nesta quinta-feira (17), foram ouvidas três testemunhas de defesa e uma de acusação. Depois dos depoimentos, o juiz que cuida do caso, Eugênio Clementi Junior, da 2ª Vara Crirminal de Americana, afirmou, segundo os advogados e o Ministério Público, que precisaria do tempo para analisar o caso e dar a sentença. Ele não falou com a imprensa.
Geraldinho está preso desde 15 de agosto do ano passado. Na ocasião, dois jovens de 18 anos foram presos e um adolescente foi apreendido na sede da igreja consumindo maconha. Além disso, a Gama (Guarda Armada Municipal de Americana) também apreendeu naquele dia pés de maconha no local.
Na ocasião, Geraldinho afirmou que a planta é cultivada para uso religioso, o que é permitido pela legislação brasileira, e consumida apenas em ocasiões de culto, mas foi enquadrado por tráfico. O promotor responsável pelo caso, Clóvis Siqueira, afirmou que pediu a condenação de Geraldinho. A pena deve variar entre cinco e 15 anos de prisão.
Para o promotor, as provas colhidas na audiência indicam que Geraldinho se utilizava da instituição como pretexto para a prática do tráfico de drogas. "Nenhuma religião não deve servir como fundamento para que se cometa graves crimes. Para mim, ficou claro com os depoimentos que o acontecia dentro do local, denominado como igreja, era um verdadeiro self-service de maconha", disse.
Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú
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