A
Associação de Cabos e Soldados da PM do Rio Grande do Norte (ASCPM-RN) criticou
ontem o trabalho que tem sido realizado pela Polícia Civil com os inquéritos
instaurados para apurar morte de policiais ao longo dos últimos anos. A
declaração foi dada por um membro da diretoria da instituição após a morte do
soldado Cláudio Sena da Silva, que foi assassinado na porta de sua casa, em
Natal, no domingo passado, 6. A Polícia Civil rebateu as críticas e ressaltou o
esforço que tem empenhado.
A
declaração foi dada pelo conselheiro da entidade, Anderson Ribeiro de Azevedo,
durante o velório do soldado Cláudio Sena. De acordo com ele, somente em 2012
houve 31 atentados contra policiais, dos quais 11 foram fatais, e somente um
suspeito foi detido, o que, no entendimento dele, mostra que as investigações
não são levadas a sério. “Não sei dizer se há falta de interesse em se
investigar morte de policial ou se não há estrutura para que as investigações
tenham resultados positivos”, declarou.
Ainda
na avaliação do policial militar, o sentimento de impunidade tem levado ao
aumento da violência nas cidades e, consequentemente, aos atentados contra
policiais. “Não há ações efetivas de combate às drogas, programas sociais que
tirem as crianças das ruas de verdade. Tudo isso contribui para o aumento da
violência”, disse o conselheiro da ASCPM.
O
delegado-geral da Polícia Civil do RN, Fábio Rogério Silva, foi procurado ontem
pela reportagem para comentar as críticas feitas pela associação, mas não foi
localizado. Por meio da assessoria de imprensa, no entanto, a entidade se
manifestou, discordando das críticas feitas pelo conselheiro.
A
Degepol rebateu as críticas feitas pela Associação de Cabos e Soldados da PM
por meio de texto enviado à redação, onde informou que todos os procedimentos
necessários estão sendo realizados para que os inquéritos sejam concluídos e
que os responsáveis por estes crimes sejam identificados, presos e condenados
pela justiça.
A
morte do soldado Cláudio Sena está sendo investigada pelo delegado Frank
Albuquerque, de Natal, que acumula outros inquéritos complexos, como é o caso
da morte da fisiculturista Fabiana Caggiano Paes, achada desacordada em um
quarto de hotel da capital. O caso foi registrado inicialmente como um acidente
doméstico, mas a polícia suspeita que ela tenha sido morta pelo próprio marido,
o empresário Alexandre Furtado Paes.
Fonte: Defato/Cidade News itaú
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