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quarta-feira, janeiro 09, 2013

Associação critica investigação de casos de militares assassinados


A Associação de Cabos e Soldados da PM do Rio Grande do Norte (ASCPM-RN) criticou ontem o trabalho que tem sido realizado pela Polícia Civil com os inquéritos instaurados para apurar morte de policiais ao longo dos últimos anos. A declaração foi dada por um membro da diretoria da instituição após a morte do soldado Cláudio Sena da Silva, que foi assassinado na porta de sua casa, em Natal, no domingo passado, 6. A Polícia Civil rebateu as críticas e ressaltou o esforço que tem empenhado.
A declaração foi dada pelo conselheiro da entidade, Anderson Ribeiro de Azevedo, durante o velório do soldado Cláudio Sena. De acordo com ele, somente em 2012 houve 31 atentados contra policiais, dos quais 11 foram fatais, e somente um suspeito foi detido, o que, no entendimento dele, mostra que as investigações não são levadas a sério. “Não sei dizer se há falta de interesse em se investigar morte de policial ou se não há estrutura para que as investigações tenham resultados positivos”, declarou.
Ainda na avaliação do policial militar, o sentimento de impunidade tem levado ao aumento da violência nas cidades e, consequentemente, aos atentados contra policiais. “Não há ações efetivas de combate às drogas, programas sociais que tirem as crianças das ruas de verdade. Tudo isso contribui para o aumento da violência”, disse o conselheiro da ASCPM.
O delegado-geral da Polícia Civil do RN, Fábio Rogério Silva, foi procurado ontem pela reportagem para comentar as críticas feitas pela associação, mas não foi localizado. Por meio da assessoria de imprensa, no entanto, a entidade se manifestou, discordando das críticas feitas pelo conselheiro.
A Degepol rebateu as críticas feitas pela Associação de Cabos e Soldados da PM por meio de texto enviado à redação, onde informou que todos os procedimentos necessários estão sendo realizados para que os inquéritos sejam concluídos e que os responsáveis por estes crimes sejam identificados, presos e condenados pela justiça.
A morte do soldado Cláudio Sena está sendo investigada pelo delegado Frank Albuquerque, de Natal, que acumula outros inquéritos complexos, como é o caso da morte da fisiculturista Fabiana Caggiano Paes, achada desacordada em um quarto de hotel da capital. O caso foi registrado inicialmente como um acidente doméstico, mas a polícia suspeita que ela tenha sido morta pelo próprio marido, o empresário Alexandre Furtado Paes.

Fonte: Defato/Cidade News itaú

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