O protesto da torcida contra a arbitragem no último sábado, durante a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-GO, pode custar caro ao Náutico. Segundo o procurador do STJD Paulo Schmitt, o clube pode receber uma multa por conta da faixa que dizia “Não irão nos derrubar no apito”.
“Ele pode ser multado por atraso. Ele é o causador, por causa da faixa. Ele [o juiz] vai avaliar e relatar na súmula e nós vamos avaliar. Acho que a faixa é ofensiva, sim. Tem de dar um basta de pensar que o árbitro está de má fé. O que ele quer dizer com a faixa? Que o árbitro está de má fé”, disse Schmitt, descartando uma punição por perda de mando de campo.
O incidente foi um dos mais polêmicos do fim de semana. Antes do jogo começar, o árbitro Leandro Pedro Vuaden pediu a retirada da faixa que questionava as arbitragens do Campeonato Brasileiro.
A partida atrasou cerca de 16 minutos e só começou quando os torcedores concordaram em recolher a mensagem. Durante a partida, no entanto, eles voltaram a exibir a mensagem, desta vez sem nenhum protesto de Vuaden.
“Acho que tudo tem regras. Você tem todo o teu direito de se expressar, e faz isso da forma que achar melhor. Você é o senhor de suas vontades. O seu limite é que vai ser avaliado. A gente vai avaliar pela lei”, disse Paulo Schmitt.
A torcedora que assumiu ser a responsável pela faixa criticou a atitude de Vuaden e disse que a atitude do árbitro gaúcho viola o direito de expressão.
“Está na constituição que eu tenho direito de expressar minha opinião sobre qualquer coisa. Foi uma verdadeira estupidez do árbitro agir dessa forma”, falou Ivana Albuquerque, em entrevista à TV Globo.
Além do episódio em Recife, a rodada do Campeonato Brasileiro teve outras polêmicas. Em Curitiba, uma torcedora e seu pai quase foram agredidos depois de pedirem a camisa do são-paulino Lucas, ídolo da garota. Em São Paulo, no Pacaembu, um estrangeiro teve de sair da área VIP por vestir uma camisa verde do Celtic, time escocês.
“Em Curitiba, a polícia agiu da maneira correta. Este tipo de conduta tem de ser considerado. Poderia acontecer tumulto e desordem, mas pela atitude da política não estou pensando em avaliar essa questão. O outro caso se refere a uma norma interna é a permanência em área vip, que é uma área específica. Não parece ser da nossa alçada. Fica a cargo do prejudicado, do direito civil”, disse Schmitt.
Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú
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