A situação caótica da saúde pública no Rio Grande do Norte voltou a ser destaque nacional. Na edição de ontem, 4, o "Bom Dia Brasil" exibiu reportagem sobre o estado crítico dos hospitais do Estado, em especial o Hospital Walfredo Gurgel, o maior pronto-socorro do RN.
Segundo matéria assinada pela jornalista Michele Ricón, dois meses depois de o governo ter decretado estado de calamidade na saúde pública, pouca coisa mudou. No Walfredo Gurgel, as pessoas que procuram atendimento médico não estão conseguindo atendimento adequado.
"Tem 91 pacientes nos corredores do Walfredo Gurgel. E também uma paciente que aguarda há um mês por uma cirurgia ortopédica, instalada em condições muito precárias. Faltam medicamentos, o que levou os médicos cardiologistas a suspenderem as internações na UTI cardiológica. Só um paciente ocupa um leito onde deveriam estar pelo menos seis", destacou a reportagem.
Em Mossoró, a situação não se difere muito da apresentada na capital pela reportagem. Conforme o diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN), João Morais, a decretação do estado de calamidade na saúde pouco trouxe mudanças para o setor.
Segundo ele, o número de leitos continua a ser insuficiente para atender à demanda do município e cidades vizinhas, faltam médicos nos principais hospitais da região, faltam medicamentos nas unidades de saúde, entre outras deficiências.
As poucas medidas efetivas tomadas após o decreto de calamidade fizeram, inclusive, com que entidades, que antes aprovavam a decisão do governo, retirassem o apoio dado ao Executivo.
O Conselho Regional de Medicina, Conselho Regional de Enfermagem, Ordem dos Advogados do Brasil, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público oficializaram a retirada do apoio. As entidades cobram medidas efetivas para melhorar a situação crítica da saúde pública em todo o Estado.
Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú
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