Motoristas que conseguiram adquirir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por meio de beneficiamento da quadrilha que falsificava dados junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Mossoró poderão perder o direito de usar o documento.
Pelo menos é o que acredita o inspetor chefe Aliathar Gibson, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que participou do cumprimento dos mandados de prisão, busca e apreensão na manhã da última terça-feira.
De acordo com o inspetor, se as investigações forem confirmadas através das provas recolhidas pelo Ministério Público, os condutores que usaram de má-fé para tirar a "Carteira de Motorista" vão perder o direito de dirigir legalmente.
"São muitas irregularidades identificadas durantes blitze que realizamos. Pessoas que não tinham condições de assinarem as multas, por serem analfabetas. Acredito que com a conclusão dos inquéritos, esses beneficiários que foram favorecidos pela quadrilha vão ter as habilitações suspensas", destacou Gibson.
Para o comandante local da PRF, são centenas de pessoas detectadas no esquema fraudulento que estão dirigindo irregularmente. "O Ministério Público já está de posse da documentação que atesta o esquema fraudulento em Mossoró e em outras cidades do Oeste e tão logo conclua as etapas legais vamos ter novidades e novos desdobramentos", destacou.
Na "Operação Cangueiros", como foi batizada a ação do MP, foram apreendidos documentos, computadores, mídias, cadernos com anotações, celulares, dentre outras provas, nas residências e locais de trabalho dos envolvidos. Segundo o MP, o material recolhido está sendo mantido em segredo de justiça e passará por perícias.
Entenda
O MP, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizou nas primeiras horas da terça-feira (11), em Mossoró, a "Operação Cangueiros", com objetivo de desarticular um esquema de fraude na concessão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Foram cumpridos 11 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão.
Entre os presos está o diretor do Detran de Mossoró, Jáder Luís Henriques da Costa. As investigações iniciadas há 11 meses abrangeram as cidades de Mossoró, Assú, Tibau, Alexandria e Aracati.
Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!