Definido ontem o resultado dos leilões de Venda de Produtos Agropecuários dos Estoques Públicos (VEP) de milho pela Conab. Diante disso, a expectativa é que o abastecimento começa a se regularizar no Rio Grande do Norte.
De acordo com a Conab, dos 23.001.514 kg oferecidos, foram negociados 13.383.920 kg, correspondendo a 58,19% do total do produto, alcançando um valor de R$ 4.673.962,52; já a oferta de 7.525.497 kg, chegou à negociação de 3.496.744 kg (46,47%), tendo obtido um valor de R$ 1.228.320,16.
As operações com o milho em grãos devem atender os segmentos de avicultura, suinocultura, bovinocultura, ovinocultura, caprinocultura, cooperativas de criadores de aves, suínos, bovinos, ovinos, caprinos e indústrias de ração para estes segmentos, estabelecidas exclusivamente nas regiões Norte (exceto Rondônia, Pará e Tocantins), Nordeste (exceto para os municípios que compõem a Região de Barreiras e Luiz Eduardo Magalhães - Bahia), Norte do Estado de Minas Gerais, e nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O leilão acontece dois dias depois que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Mendes Ribeiro Filho, que visitou o Rio Grande do Norte fez severas críticas contra a Conab. Ele disse que a escassez de milho vendido aos pecuaristas para alimentação animal deveria receber maior atenção do órgão, para evitar que a situação possa voltar a se repetir.
“Vamos terminar de uma vez por todas com esse caminhar desesperado, injustificado, com essa incapacidade, ineficiência, com essa incompetência e despreparo da Conab em garantir uma armazenagem eficiente no Nordeste”, destacou.
O ministro disse que, ao longo dos anos, a Conab deixou sua estrutura bem abaixo da necessidade, prova disso tem sido os armazéns fechados por longos períodos, que só voltaram a reabrir recentemente. “Nós não tínhamos armazenagem suficiente e gerou uma desassistência ao produtor em consequência da falta de atenção, e isso não pode mais acontecer”, afirmou.
Produtores rurais vêm enfrentado dificuldades com falta de milho
Os produtores rurais vêm enfrentando há vários meses, os problemas pela reduzida oferta de milho, o que tem levado muita gente a se desfazer dos seus rebanhos comercializando os animais a preços bem abaixo dos praticados no mercado.
Com a situação de seca, o milho que é vendido nas oito unidades de armazenamento da Conab existentes no RN, acabou se tornando escasso, isso porque a reposição dos estoques tem sido lenta e irregular.
Os produtores já chegaram até a formar fila em frente aos armazéns na tentativa de conseguir comprar o produto, o que vem gerando muita insatisfação e prejuízos.
A unidade de Assú, que atende 20 municípios, não consegue garantir que o milho chegue a todos os produtores, pelo baixo estoque existente.
Na unidade de Caicó, que atende outros 24 municípios, a situação à época não é diferente. Mesma situação enfrentada pelos produtores que necessitam do produto na região da unidade instalada em Umarizal.
Fonte: Defato/Cidade News Itaú
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