A juíza Lizandra Maria Lapenna, do 5º Tribunal do Júri de São Paulo, negou o pedido de prisão temporária dos três policiais acusados de matar a tiros o empresário Ricardo Prudente de Aquino, 39, no dia 18 de julho, em Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
Arquivo Pessoal |
O empresário Ricardo Prudente de Aquino, 39 |
O cabo Robson Tadeu Paulino, 30, e os soldados Luis Gustavo Teixeira Garcia, 28, e Adriano Costa da Silva, 26, chegaram a ficar nove dias presos, mas estão soltos desde o dia 27 de julho.
Dessa forma, o trio deverá, ao menos por enquanto, responder ao processo em liberdade. Nos próximos dias, o Tribunal de Justiça vai analisar um pedido de habeas corpus que está tramitando no órgão.
Em sua decisão, emitida hoje, Lapenna afirmou que os três policiais "possuem residência fixa e foram suficientemente identificados, não havendo, por outro lado, qualquer indício de que tentarão prejudicar, atrapalhar ou até mesmo dificultar o curso das investigações".
No mesmo pedido de prisão, o Ministério Público afirmou que o encarceramento do trio era necessário porque imagens de câmeras de segurança mostram que os policiais modificaram a cena do crime para dificultar o trabalho da perícia.
A juíza, porém, afirmou que esse dado não basta para prender os três PMs investigados pelo homicídio do empresário.
"Não tem nada que prove que eram nossos clientes estavam mexendo na cena. A ação ocorreu em estrito cumprimento da função", afirmou o advogado Aryldo de Paula, que defende os três PMs.
Ricardo Prudente de Aquino foi morto na noite de 18 de julho com dois tiros após uma perseguição policial pelas ruas de Alto de Pinheiros.
Antes de morrer, Aquino, segundo a polícia, não obedeceu a uma ordem de parada de um PM e trafegou em alta velocidade em seu Ford Fiesta.
Fonte: Folha de São Paulo/Cidade News Itaú
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