Recife - Um ano após a queda, segue sem um laudo conclusivo o acidente com o LT-410 da empresa Noar, que caiu a 100 metros da Praia de Boa Viagem, na zona sul do Recife, logo após ter decolado do Aeroporto dos Guararapes, com destino ao Rio Grande do Norte. O caso ocorreu no dia 13 de julho do ano passado, matando 16 pessoas - os 2 tripulantes e os 14 passageiros.
Segundo o coronel de Aeronáutica Fernando Camargo, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), o desempenho dos pilotos e as divergências entre o manual de voo, o programa de treinamento e o check-list - todos emitidos pelo fabricante da aeronave - são alguns dos elementos que podem ter contribuído para o acidente.
"Com o apoio do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), estamos fazendo um estudo teórico para tentar estimar a participação de cada um dos elementos, o que contribuiu ou não para o acidente."
A fratura da palheta 27 do motor esquerdo determinou a parada do motor, cerca de 30 segundos depois da decolagem. Das 55 palhetas do disco do compressor do motor esquerdo, 4 eram novas e 51 foram reutilizadas, incluindo a 27 - que estava na metade da vida útil.
Mesmo depois da pane, a aeronave continuou subindo, com um motor só, demonstrando que não havia problemas com o outro motor. A incógnita é a razão de os tripulantes não conseguirem retornar com a aeronave até o Aeroporto dos Guararapes. "A fratura da palheta desencadeou o problema, mas foi somente um dos eventos que levaram ao acidente", observou o chefe da investigação.
Os problemas de manutenção da Noar já estavam corrigidos e houve revisão da aeronave. A manutenção do motor cabia à GE. O conteúdo da caixa-preta não será divulgado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fonte: Defato/Cidade News Itaú
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