PARAQUEDISTA É ATINGIDO POR AVIÃO E MORRE
O piloto Douglas Leonardo de Oliveira negou nesta terça-feira ter errado a manobra que resultou na morte do instrutor de paraquedismo Alex Adelmann e em ferimentos em outros dois paraquedistas, segunda-feira, em Boituva (SP). Adelmann, de 33 anos, filmava o salto dos colegas quando foi atingido pela asa do avião pilotado por Oliveira. Ele foi projetado contra os dois companheiros e, apesar do funcionamento automático do paraquedas, chegou ao solo bastante ferido e não resistiu.
Ouvido pela Polícia Civil de Boituva, ele alegou que após os paraquedistas terem saltado do avião, fez a manobra conhecida como mergulho para perder altura e voltar para a pista de pouso. Segundo ele, trata-se de procedimento padrão e os paraquedistas não deveriam estar na rota do avião. Era seu 11º voo no dia e, junto com os três envolvidos no acidente, outros quatro paraquedistas saltaram da aeronave.
Oliveira alegou ainda que sentiu um impacto na aeronave, mas não percebeu que tinha atingido o paraquedista. O choque não causou avarias e ele alega ter pousado normalmente. Testemunhas que presenciaram o acidente ainda serão ouvidas. A polícia também quer ouvir familiares do paraquedista morto. Eles teriam dito informalmente que o piloto errou a manobra de retorno, após o salto. Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) realizaram nesta terça-feira uma perícia na aeronave e nos equipamentos usados pelos paraquedistas, mas o laudo só deve ficar pronto na próxima semana.
O Centro Nacional de Paraquedismo, onde ocorreu o acidente, permaneceu fechado nesta terça-feira. O paraquedista maranhense Conrado Alvares, que sofreu fraturas nas pernas, passou por cirurgia no Hospital Regional de Sorocaba e continuava internado nesta terça-feira. Seu colega, Wanderson Carlos Campos Andrade, teve fratura em um dos pés e estava internado em um hospital particular da cidade. Eles faziam um salto duplo e eram filmados por Adelmann.
O paraquedista morto no acidente tinha 33 anos, mas era considerado experiente. Adelmann fazia saltos desde 1994, havia vencido campeonatos de formação em queda livre e era também piloto de avião, com mais de sete mil horas de voo. Seu corpo foi cremado na tarde desta terça-feira, em Sorocaba.
Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú
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