Mossoró está entre as que mais matam no trânsito

Mossoró está entre as cidades que mais mataram no trânsito em 2010, conforme o estudo feito pelo Instituto Sangari. Além dos assassinatos, foi verificada também a violência no trânsito. Foram registradas 22 duas mortes na faixa etária que engloba de um a 19 anos.

Na lista dos 100 municípios com mais de 20 mil crianças e adolescentes do Brasil, Mossoró ocupou a posição 21. Foi a única do Rio Grande do Norte a ser mencionada.

Com uma população de crianças e jovens de 84.253, as 22 mortes registradas representam uma taxa de mortalidade de 26,1% entre um e 19 anos.

O município seguiu linha diferente da que foi verificada na mesma pesquisa quando o assunto é mortes por acidente de crianças e jovens nas capitais e Estados brasileiros.

Dos nove Estados do Nordeste, o RN registrou um dos menores índices de crescimento entre os anos de 2000 e 2010, com apenas 2,8%. Da região, apenas Alagoas registrou queda (9,6%) – abaixo do RN, só Pernambuco (0,7%).

Nas capitais, o Estado potiguar também se saiu bem, registrando uma redução no número de mortes entre os anos de 2000 e 2010 (36,7%). Das nove capitais nordestinas, só Natal e Maceió (AL) registraram queda – Natal teve o segundo.

O JORNAL DE FATO divulgou a situação de Mossoró na edição de sexta-feira passada, 20, referente apenas aos acidentes de trânsito que vitimaram crianças e adolescentes.

Na ocasião, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (COMDICA) de Mossoró, Mirna Aparecida, comentou a pesquisa. Ela atribuiu esse resultado à falta de orientação dos pais para com os seus filhos. Disse ainda que os condutores de veículos automotores desrespeitam as leis de trânsito, provocando acidentes.

“A culpa, em grande parte, é dos pais, que são os responsáveis pela orientação e zelo pela saúde e integridade física dos filhos, mas não podemos deixar de lembrar da questão cultural, tendo em vista que em Mossoró existe a cultura de não se respeitar as leis de trânsito. Isso, certamente, contribui para essa violência”, disse, em matéria publicada sexta-feira.

Fonte: Defato/Cidade News Itaú