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sexta-feira, julho 20, 2012

Itep ajudará a esclarecer dúvidas sobre a morte do professor da Uern


Cezar Alves
Francisco Rafael Leite Mendes foi apresentado à imprensa, em Mossoró, logo após o crime ter sido

O Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró vai ajudar a esclarecer detalhes sobre a morte do professor universitário Carlos Magno Viana Fonseca, que foi morto durante um assalto em novembro do ano passado. Foi realizada ontem a reprodução simulada do crime, feita a partir da versão apresentada pelos suspeitos e pelas outras provas colhidas durante a investigação.
Segundo o perito criminalista Joaquim Guimarães, que atuou como auxiliar do colega Eduardo Alexandre, eles iriam verificar os dados existentes no inquérito, como depoimentos dos suspeitos e das testemunhas ouvidas na investigação, além de outras provas que foram colhidas ao longo do inquérito que durou quase oito meses para ser concluído. Ao todo, cinco pessoas foram presas acusadas de envolvimento com o crime. Um planejou, dois executaram, um quarto atuou como olheiro da vítima e um quinto foi preso por estar com o celular levado da vítima.
A reprodução simulada, ou reconstituição, como é mais conhecida essa ferramenta usada na investigação policial, será realizada por duas equipes diferentes, sendo coordenada pelo perito Eduardo Alexandre.
Conforme a Polícia Civil, os dois executores do crime confessaram suas participações (divergiram, em alguns momentos, sobre quem atirou na vítima), assim como os outros presos, que tiveram participação indireta no latrocínio, que é quando se mata para roubar.
A intenção da polícia, até ontem à tarde, era reunir todos os envolvidos no crime, para que cada um aponte sua participação. A reprodução estava prevista para ocorrer por volta das 19h30, horário exato que o professor Carlos foi morto.
Segundo explicou o perito Joaquim Guimarães, a perícia procura reproduzir o crime nas mesmas circunstâncias do ocorrido, podendo apontar contradições no que foi investigado ou confirmar tudo que foi apurado, que é o mais comum.
Depois do trabalho de reprodução, feito no local do crime, os peritos produzirão um relatório final, apontando todas as conclusões que obtiveram a partir da narrativa dos suspeitos envolvidos na cena.
Esse relatório será usado como base para comparativo com as provas e anexado ao inquérito policial. A previsão da Polícia Civil é que o processo seja encaminhado à Justiça nos próximos dias, apontando a autoria do latrocínio e a participação de cada investigado.

Dois mataram, mas cinco foram presos
Francisco Rafael Leite Mendes e um jovem que tem 18 anos (terá o nome preservado porque tinha 17 quando o professor foi morto e, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA, não deve ser mencionado) são apontados como responsáveis diretos pelo crime. Eles renderam o professor na estrada e o mataram.
Além deles, há ainda Francisco Rodrigues de Oliveira, que é apontado como o mentor do assalto e Elias Rodrigues Nunes, que ajudou observando o alvo do bando, à distância.
O quinto preso é Augusto César de Freitas, que estava com o celular do professor. Comprou do jovem de 18 anos – ele responde só por receptação.
Elias foi preso no Estado de São Paulo, enquanto Augusto César foi encontrado em Goiás. Os outros foram presos em municípios do Alto Oeste.
A polícia apreendeu um celular e outros objetos que foram roubados do professor. Falta ainda localizar outro telefone celular, que foi levado no assalto e não foi apreendido.

Fonte: Defato/Cidade News Itaú

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