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segunda-feira, julho 30, 2012

Chefe da ONU diz que observadores foram atacados por regime na Síria


O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, afirmou nesta segunda-feira que um comboio com o chefe dos observadores da organização na Síria, Babacar Gaye, foi atacado no domingo (29) por tanques do Exército sírio. Nenhum dos monitores ficou ferido.

"Mais de uma dúzia de veículos foram atacados e destruídos totalmente e foi uma sorte que ninguém ficou ferido", afirmou o secretário-geral, em entrevista coletiva após o incidente.

Os carros atacados pelas tropas do regime de Bashar Assad eram blindados e foram atacados em Tablisa, a 17 km de Homs, no centro do país. Dois dos veículos foram atingidos por balas. Após relatar o incidente, o secretário-geral pediu novamente o fim da violência no país.

"Os funcionários do governo disseram repetidamente que honrariam esses compromissos. Nós ainda esperamos que eles ajam. O governo está somando a essa brutal repressão atacando áreas populosas com aviões de combate e helicópteros. A oposição armada também tem que parar com seus ataques".

A missão de observadores foi ampliada no último dia 20 por mais 30 dias, após consenso entre os membros dos países do Conselho de Segurança. Os Estados Unidos, o Reino Unido e a França cogitaram a retirada dos monitores devido ao aumento da violência no país, mas a missão foi mantida.

Quando chegaram à Síria, em abril, os monitores tentavam monitorar o cessar fogo pedido no plano de paz do enviado especial da ONU ao país, Kofi Annan. No entanto, nem o governo nem a oposição respeitaram o acordo.

2 MILHÕES

O chefe da organização afirmou que pelo menos 2 milhões de pessoas já foram afetadas pelo conflito entre o governo e a oposição desde março de 2011 e acredita que, caso não haja uma ação rápida, os enfrentamentos poderão ser expandidos para os países vizinhos.

"Uma guerra sectária poderia afetar gravemente os vizinhos da Síria, Turquia, Iraque, Líbano, Jordânia e Israel. A resposta não deve ser com mais combates. A militarização desse conflito só aumentaria a devastação e prolongará o sofrimento".

Devido ao aumento dos confrontos e da quantidade de refugiados sírios na Turquia, a Grécia reforçou sua fronteira com o país, com 1.800 agentes de segurança, para evitar a entrada de cidadãos sírios no chamado Espaço Schengen e na Europa.

Mesmo não tendo sinal de um número grande de sírios indo ao país europeu, especialmente devido à crise financeira, o governo grego foi pressionado por outros membros da União Europeia a reforçar as divisões com a Turquia.

De acordo com a ONU, mais de 200 mil sírios estão refugiados em países vizinhos, a maioria na Turquia, no Líbano e na Jordânia.

Fonte: Folha de São Paulo/Cidade News Itaú

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