Esboço mostra o suspeito James Holmes nesta segunda-feira (30) durante audiência em tribunal de Centennial, no Colorado. Não foi permitido o acesso de fotógrafos à corte (Foto: Jeff Kandyba/AP) |
O americano James Holmes foi processado nesta segunda-feira (30) em 12 acusações de homicídio de primeiro grau, 12 acusações de homicídio "com extrema indiferença" pelo tiroteio na estreia do filme do 'Batman', em Aurora, no Colorado.
Ele também foi processado por 116 tentativas de assassinato.
No total, foram 142 acusações, incluindo também a de posse de explosivos, encontrados na casa dele após o tiroteio.
O ex-estudante Holmes, de 24 anos, é mantido sob custódia desde o ataque, ocorrido na madrugada de 20 de julho e que terminou com 12 mortos e 58 feridos -quatro deles ainda em estado crítico- quando ele abriu fogo aleatoriamente contra o público do filme.
Não foram permitidas imagens da audiência.
Na semana passada, em uma primeira aparição no mesmo tribunal, Holmes estava abatido e com os cabelos avermelhados.
Entre aqueles que estão entre a vida e a morte em cuidados intensivos está Ashley Moser, de 25 anos, cuja filha Verônica, de 6, foi morta no massacre. Moser levou tiros na nuca e no estômago e acabou perdendo o bebê que carregava no ventre.
Os promotores disseram que levará várias semanas até que seja tomada uma decisão sobre o pedido da pena de morte para Holmes.
Uma única pessoa foi executada no Colorado desde que a pena capital foi reinstaurada no estado, em 1976.
Mas o texto da acusação, de 40 páginas, ressaltou os esforços para garantir que ele seja punido severamente.
Acusações
Holmes enfrenta duas acusações de homicídio qualificado para cada uma das 12 pessoas que matou, uma por assassinato deliberado e outra por matar com extrema indiferença pela vida das vítimas.
Ele também enfrenta 116 acusações de tentativa de homicídio por ferir outras 58 pessoas no cinema ao atirar indiscriminadamente, uma acusação por posse de explosivos e outra de extensão de sentença por "crime violento".
As autoridades afirmam que Holmes alegou ser o "Coringa", inimigo de Batman nos quadrinhos que inspiraram a trilogia do diretor Christopher Nolan, que apresenta o ator britânico Christian Bale no papel do homem-morcego -apesar de ele ter os cabelos tingidos de vermelho, e o Coringa usar cabelos verdes.
Holmes parecia mais focado nesta segunda-feira, dizendo "sim" apenas uma vez em resposta a uma pergunta feita pelo juiz William Sylvester.
Houve especulação de que o estresse provocado pelo fracasso em passar em uma prova oral possa ter desencadeado uma perturbação mental em Holmes, um promissor estudante de neurociência.
A emissora KMGH-TV, afiliada da ABC News em Denver, no Colorado, reportou que Holmes comprou uma arma potente em 7 de junho, horas após fracassar na importante prova oral. Três dias depois, ele abandonou a universidade.
Os promotores travam uma disputa com os advogados de defesa por um pacote que Holmes enviou à sua psiquiatra na Universidade do Colorando, que permitiria prever o massacre de 20 de julho no cinema de Aurora, nos arredores de Denver.
Os advogados de Holmes revelaram na sexta-feira que ele foi paciente da psiquiatra Lynne Fenton, da Universidade do Colorado, enquanto tentavam obter acesso ao pacote que ele enviou para ela antes do massacre.
Os advogados de Holmes acusam os promotores de vazar para a mídia a existência do pacote, que conteria planos macabros, incluindo desenhos de um homem armado matando pessoas.
Parentes de vítimas, com roupas do Batman, chegam para a segunda aparição de Hames Holmes diante do tribunal, nesta segunda-feira (3), na cidade de Centennial, no Colorado (Foto: Reuters) |
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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