Os investigadores do Rio Grande do Norte e do Ceará irão se reunir para trocar informações e tentar identificar a quadrilha que roubou o Banco do Brasil de Baraúna na sexta-feira passada, 11, cidade que fica na divisa entre os dois es-tados. Está previsto para ocorrer uma reunião entre integrantes da Polícia Civil do CE e RN. A suspeita é que a quadrilha que roubou o BB de Baraúna seja do Ceará e já venha praticando crimes semelhantes no território vizinho, como em Petencoste, ocorrido há dias.
A reunião será feita entre policiais da Delegacia Especia-lizada em Furtos e Roubos (DEFUR) de Fortaleza (CE), que é responsável pela investi-gação dos ataques a banco, e policiais de três unidades dife-rentes do Rio Grande do Norte: Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE), II Delegacia Regional e Delegacia de Baraúna. A intenção, segundo explica Márcio Lemos, delegado de Baraúna, é trocar informações com os policiais cearenses, que têm sofrido com assaltos seme-lhantes ao que foi praticado em Baraúna e já vêm investigando pessoas envolvi-das com esses crimes (estão mais adiantados).
No dia 10 de abril desse ano, uma quadrilha fortemente armada com pistolas, escopetas e até fuzis roubou a agência do Banco do Brasil de Pentecoste, cidade distante 91km da capital e 307 de Baraúna. A ação foi praticamente a mesma nas duas cidades. A quadrilha era composta por aproximadamente 15 bandidos. Uma parte foi ao banco e outra para o prédio da Polícia Militar. Em Pente-coste, os bandidos fuzilaram a fachada do prédio e a viatura. A destruição provocada na a-gência bancária, devido aos explosivos, também é bastante semelhante àquela que foi dei-xada para trás no crime do RN.
Até então, os roubos a banco no RN seguiam uma lógica diferente, segundo a delegada Sheila Maria de Freitas, diretora do Departamento Especializado em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEI-COR), que está sediado em Natal e tem a atribuição de in-vestigar os ataques a bancos nas cidades potiguares. Esse método de atacar os postos policiais é novo, segundo disse a delegada. Outra mudança é no número de bandidos. Antes, os crimes envolviam menos pessoas. Como a quadrilha se divide em duas (uma parte rouba o banco e outra ataca a polícia), é preciso haver mais gente.
O delegado Márcio Lemos explicou que está aguardando o resultado dos exames feitos pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró e que ainda existem inúmeras diligências para serem realizadas nos próximos dias que ajudarão nas investigações. Por enquanto, a Polícia Civil do RN ainda não tem nenhuma pista concreta sobre a quadrilha e espera clarear a investigação com o apoio da co-irmã cearense. Ainda não se sabe também o valor subtraído, segundo Márcio. A gerência do banco não informou à polícia. Sabe-se apenas que eles levaram o cofre do banco no assalto.
Fonte: Defato
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