O Rio Grande do Norte está numa correria para tentar mudar de status com relação à febre aftosa. O Governo do Estado tenta cumprir uma série de exigências impostas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A expectativa é que tudo se resolva até, no máximo, o próximo mês de agosto e técnicos do Mapa venham ao estado avaliar se podemos passar do status de risco médio para área livre com vacinação.
A diretora geral em exercício do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (IDIARN), Vera Lúcia Paiva, informa que muitas exigências já foram atendidas como a informatização das informações e a formação do quadro de funcionários. "Várias ações já foram concluídas e estamos no encaminhamento de outras", afirma.
No momento, existe uma frente de trabalho formado que está fazendo o cadastro do rebanho e todas as propriedades rurais existentes no estado. Esse trabalho conta com o apoio do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (EMATER).
Vera Lúcia Paiva explica que a missão é atualizar o número real do rebanho potiguar através do recadastramento até o próximo dia 15. Finalizada essa ação, o Mapa será convocado para a etapa de sorologia. Será feita uma amostragem através do banco de dados do Idiarn, em que são escolhidas, por meio de sorteio, propriedades cadastradas pelo Instituto para a realização de um inquérito sorológico dos rebanhos das propriedades escolhidas. O inquérito sorológico é o que vai apontar se o vírus da febre aftosa está presente ou não no Rio Grande do Norte. Se a ausência for confirmada, o Estado passa ao status de área livre de aftosa com vacinação. "Queremos concluir todas as etapas o mais rápido possível em julho ou, no mais tarde, em agosto para recebermos os técnicos do Ministério para a fase final do processo de mudança de status", salienta a diretora.
Todo processo está bastante atrasado. No ano passado, o então diretor do Idiarn, Rui Sales, declarou que o Rio Grande do Norte deveria mudar de status ainda no primeiro semestre deste ano. Possibilidade descartada agora por Vera Lúcia.
Ainda segundo Rui Sales, a mudança dependeria também de outros cinco estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Paraíba, que também precisariam estar no mesmo nível do Rio Grande do Norte. Vera Lúcia não quis comentar essa necessidade. "Só falo das coisas do Rio Grande do Norte", resumiu-se.
Vacinação prossegue na semana
A vacinação do rebanho contra a aftosa prossegue durante toda esta semana em Mossoró. Na próxima segunda-feira, 7, as equipes de vacinação estarão nas localidades rurais de Riacho Grande e Serra Mossoró, além dos projetos de assentamentos Fazenda Nova, Terra Nossa, Santa Elza e Lagoa do Xavier. O gerente municipal de Agricultura, Abastecimento e Recursos Hídricos, Rondinell Carlos dos Santos, pede aos criadores que prendam os seus animais na noite de hoje para facilitar o trabalho das equipes. Até o final da campanha, no dia 25 próximo, de acordo com o calendário divulgado pela Gerência de Agricultura (confira o calendário nesta página), 10 mil animais devem ser imunizados em 130 localidades da zona rural, beneficiando pequenos criadores com até 25 cabeças no rebanho. "Esse é um compromisso já antigo da Prefeitura com o pequeno criador", destaca Rondinell.
Fonte: Defato
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