domingo, abril 01, 2012

Forças unidas para combater a violência

Dar uma resposta à violência em Mossoró. Essa é a intenção das forças de segurança da cidade, que resolveram unir-se para atuar no combate à violência. O ano de 2011 ficou marcado na história da cidade como o mais violento, cujo número de homicídios passou razoavelmente a média dos anos anteriores. Em uma semana, duas operações de caráter preventivo foram realizadas. Os resultados objetivos, por enquanto, ainda são tímidos, mas em longo prazo são promissores.
A "Operação Mossoró Segura" reuniu, em suas duas primeiras edições, equipes do II e do XII Batalhão de Polícia Militar de Mossoró - que atuam em áreas diferentes da cidade -, do II Distrito de Polícia Rodoviária Estadual (II DPRE) e da Gerência Municipal de Trânsito (GETRAN). Durante a atividade, as especificidades de cada instituição são esquecidas. Não existe mais zona de atuação nem atribuição definida. Todos se unem para cumprir o mesmo papel. Enquanto uns procuram armas ou drogas, outros verificam documentos, fiscalizam veículos e, assim, dificilmente algo passa aos olhos.
O planejamento das operações é feito com antecedência, segundo o tenente-coronel Francisco Alvibá Ferreira, comandante do XII BPM. Eles escolhem os alvos de ação a partir das estatísticas de ocorrência. Os dois batalhões da cidade possuem números detalhados que mostram onde ocorrem os crimes, quais os horários, o perfil das vítimas etc.. Assim, eles escolhem os locais mais violentos e fazem um verdadeiro arrastão. Em cada operação, são usados quase 100 homens de todas as instituições envolvidas na atividade. A execução é simples: blitz móvel, indo de um lugar a outro.
A Operação Mossoró Segura começou a ser desenhada no fim do ano passado, conforme Alvibá. Até então, a cidade tinha apenas um batalhão. Em dezembro, um segundo foi inaugurado, quando se dividiu o efetivo do antigo e abriu a possibilidade de se enviar reforço. A partir de então, foram realizadas operações pontuais denominadas "Zona Sul Segura", que abrangiam apenas a área de atuação do XII BPM. De acordo com Alvibá, o resultado dessas ações passou a refletir nos índices de violência, reduzindo os crimes em sua área. Com esse resultado, a operação foi expandida para toda a cidade.
Na primeira edição da Mossoró Segura, participaram apenas policiais dos dois batalhões, em um trabalho com caráter mais preventivo. Na segunda etapa, participaram policiais do Distrito de Polícia Rodoviária Estadual e agentes da Gerência Municipal de Trânsito, expandindo a fiscalização. "Não adiantava reduzir em uma área e outra ficar descoberta. A cidade é uma só. Não interessa dizer que tal área está mais segura e outra não. Então, resolvemos implantar essa operação, expandindo para toda a Mossoró", relembra Alvibá, fazendo questão de avisar que essa operação será contínua.

Polícia Civil deve participar também
A operação que começou tímida, vasculhando apenas uma região da cidade, expandiu-se e agora contará com a participação de policiais civis.
Na segunda edição, duas novas forças se uniram e a previsão é que a Polícia Civil comece a trabalhar conjuntamente já na próxima operação, segundo o tenente-coronel Francisco Alvibá Ferreira, comandante do XII Batalhão da PM.
O oficial explica que o delegado regional de Mossoró, Claiton Pinho, demonstrou interesse em contribuir, e deverá ocorrer uma reunião ainda nesta semana, para definir como será a participação da Civil.
As Polícias Civil e Militar têm caráter completamente diferente. A primeira tem a função de investigar, atuando depois que o crime aconteceu, e a outra atua preventivamente, ou seja, antes que ocorra o crime.
No caso da Polícia Civil, a sugestão do tenente-coronel Alvibá Gomes é que a operação dê apoio ao cumprimento de mandados de prisão contra pessoas foragidas da Justiça.
Operações em conjunto entre as duas instituições não têm ocorrido com tanta frequência em Mossoró nos últimos meses. Cada uma tem realizado o seu papel de forma unilateral.
Alvibá ressalta que o retorno dessa união vai beneficiar diretamente a população e, consequentemente, reduzir os índices de violência, que alcançaram números altíssimos durante o ano passado e deram demonstração de que iriam se repetir nos dois primeiros meses de 2012, com várias mortes.

Fonte: Defato

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