A série D do Campeonato Brasileiro pode estar com seus dias contatos. A CBF e as federações estaduais estão estudando acabar com a quarta divisão do Brasileirão em 2014.
A ideia foi discutida nesta segunda-feira em um assembleia geral da confederação de futebol e levada adiante com o apoio de muitos dirigentes. O próprio presidente da CBF, José Maria Marin, afirmou em entrevista coletiva logo após a reunião que já tinha pensando em mudanças para a série D. Ele mesmo encomendou estudos de técnicos para avaliar o melhor a se fazer com a quarta divisão. “Em 30 dias, no máximo, devo ter uma posição”, afirmou Marin.
Composta por clubes menores, de diferentes regiões do país, a série D está deficitária, segundo presidentes de federações estaduais. O valor arrecadado com os jogos do torneio não é suficiente para arcar com seus custos.
De acordo com o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, a distância dos clubes que disputam a quarta divisão até a elite do futebol é muito grande. Isso, disse ele, afugenta investidores.
“Para um clube da série D chegar a série A, são no mínimo três anos”, explicou ele. “Para um investidor, é um investimento de risco a muito longo prazo.”
Lopes é favorável à extinção da série D, mas disse que ainda não sabe o que fazer para “substituir” o torneio. Seu colega Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana de Futebol, defende a ampliação da série C incluindo nela clube de todos os estados do país.
“Poderíamos ter uma série C maior, com mais clubes”, sugeriu ele, logo após participar da reunião na CBF. “Quase todos os presidentes de federações querem o fim da série D.”
Apesar do apoio de muitos cartolas, alguns representantes de federações estaduais não reagiram bem à notícia de uma possível extinção da quarta divisão. O presidente da Federação Alagoana de Futebol, Rubens Canuto, já disse que é complemente contra.
“Sou a favor de não se mexer em nada”, afirmou ele, enfático. “Só acho que não se deve criar mais divisões. É série A, B, C e D, e acabou.”
De toda forma, se a proposta de mudança no campeonato avançar, ela ainda terá de ser aprovada em assembleia da CBF. Se isso acontecer ainda neste ano, a mudança só valeria a partir do ano de 2014.
Fonte: Uol Esportes
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