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terça-feira, março 20, 2012

Metade das cidades brasileiras já tem acesso à internet móvel, diz estudo

Crescimento de internet móvel no Brasil supera a média mundial que está na casa dos 30% 

Cerca de 50% dos municípios brasileiros (48,6%) já são atendidos pelo serviço de internet móvel -- o que representa um aumento de 23,4% na cobertura de 2010 para 2011. Os dados foram revelados nesta terça (20) pela Huawei, companhia de telecomunicações, em parceria com a consultoria Teleco, em um levantamento que traça o panorama do serviço de internet banda larga no país.

Segundo o estudo, os acessos ao serviço de banda larga praticamente dobraram em um ano: passaram de 20,6 milhões para 41,1 milhões no ano passado -- vale ressaltar que nesta segunda (19) a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) atualizou o número de acessos à internet móvel, que em fevereiro deste ano chegou a 47 milhões. O ritmo de adoção da internet móvel no Brasil é superior à média mundial. O crescimento da banda larga móvel no mundo foi de 26,2%.

Quando a área de cobertura das redes 3G é considerada, cerca de 84% da população brasileira já é atendida pelo serviço. Isso, segundo a Teleco, supera a meta estabelecida pela Anatel, que devia ser atingida até 2016. No entanto, ainda há desigualdade na distribuição da rede: os Estados mais ''atrasados'' são Maranhão, Piauí e Tocantins, que têm menos de 60% da população coberta pelo serviço de internet móvel.

A projeção para o crescimento do serviço no Brasil até o final deste ano é otimista. O estudo indica que os acessos à internet móvel podem chegar à marca de 73 milhões, ou seja, também podem quase dobrar como no ano anterior. Para 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, quando a demanda pelo serviço deve ser alta, o número de acessos pode chegar a 124 milhões.

Entraves
Mesmo com o grande crescimento, o Brasil atingiu uma média de 24,1 acessos móveis por 100 habitantes, taxa inferior a de países desenvolvidos, que é de 56,5 acessos por 100 habitantes.

Outro ponto de ressalva, disse Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, é que apesar de a cobertura ser ampla no país, ela ainda está concentrada em uma única operadora. A maioria dos municípios é atendida pela Vivo, que tem redes móveis em 2.516 cidades. Em seguida está a Claro, com 657 municípios, TIM com 488 municípios e Oi com 250 municípios.

Segundo a consultoria, a tendência é que a maior parte dos acessos seja feita via smartphones -- quatro em cada dez aparelhos vendidos no mundo são celulares inteligentes.

Mas a principal barreira no Brasil, diz Tude, ainda é o alto preço desses dispositivos no país. "Preços mais acessíveis de smartphones contribuiriam para a difusão do 3G no país", afirma o consultor. Se analisados aparelhos com preço intermediário, os smartphones chegam a ser quase quatro vezes mais caros que celulares básicos no país.

Banda larga fixa
Durante 2011, o serviço de banda larga fixa cresceu, de acordo com o estudo, 19,6%. Foram 16,5 milhões de acessos no período -- frente a 13,8 milhões no ano anterior. A cobertura do serviço atinge praticamente todos os municípios brasileiros, com 99,8% de atendimento do território. "Isso não quer dizer que todas as pessoas que moram nessas localidades já utilizem a banda larga, porque ainda é necessário que as empresas construam as redes que levem a conexão até a casa do assinante",  explica Tude.

Caso as projeções da consultoria se confirmem, até 2014 o Brasil pode chegar a 30 milhões de acessos em internet fixa ou 15 acessos a cada 100 habitantes, abaixo da média atual mundial dos países desenvolvidos. Para países que compõem a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a taxa hoje é de 25 acessos a cada 100 habitantes.

É necessário, no entanto, além de expandir o número de acessos à banda larga fixa, aumentar também a velocidade de internet entregue pelo serviço. "Isso significa que as operadoras têm de levar as fibras ópticas cada vez mais perto da casa do consumidor, como já acontece na Ásia. Enquanto nesses locais já existem cerca de 54 milhões de acessos via infraestrutura para conexões ultravelozes, no Brasil menos de 1% do total dos acessos são desse tipo", aponta Tude.

Fonte: Portal Uol

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