A Fifa anunciou reformas para para limpar sua imagem de casos de corrupção, mas escondeu o caso ISL, os salários de seus dirigentes e quer esquecer o passado.
A principal medida anunciada pelo presidente da entidade, Joseph Blatter, é a mudança de seu Comitê de Ética, que passará a ter duas instâncias, uma de investigação e outra de julgamento.
Blatter afirmou que será um órgão independente da Fifa. Mas, na prática, Mark Pieth, especialista contratado pela entidade para as reformas, indicará os membros do comitê e será o congresso da Fifa quem aprovará os nomes no final.
Em seu relatório à entidade, Pieth disse que pediu para ver o dossiê ISL, maior caso de corrupção da entidade que, segundo a BBC, envolve os dirigentes João Havelange e Ricardo TeixeIra.
Só que a cúpula da Fifa negou acesso ao documento.
"Seria uma ofensa criminal revelar o documento", disse Blatter sobre ação na Justiça suíça que mantém esse caso sigiloso.
Blatter também se recusou a dizer quais eram os salários dos membros da cúpula da Fifa, nem o gasto geral com esse item.
E, pelo plano de reformas da Fifa, nenhum escândalo de corrupção do passado -como a eleição do Qatar para sede da Copa-2022- será investigado pelo novo comitê. Só novas denúncias vão gerar investigação.
Fonte: Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!