Nesta sexta-feira, 9, a advogada Gerliann Aquino, representante jurídica de uma das candidatas do Processo Seletivo Vocacionado (PSV) 2012, deve entrar com um recurso pedindo a anulação do vestibular realizado pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). De acordo com a advogada, o Ministério Público já deveria ter se pronunciado sobre a troca dos cadernos de prova no primeiro dia do vestibular, que prejudicou os candidatos que fizeram as provas no Campus da Uern em Pau dos Ferros.
Gerliann Aquino afirma que ainda não entrou com o recurso porque estava decidindo se entraria direto com um mandado de segurança ou com uma representação junto ao Ministério Público.
A advogada da candidata Amanda Diógenes comenta que está tentando encontrar outros candidatos que também se sentiram prejudicados pela troca dos cadernos de prova que provocou um atraso de cerca de três horas para o início das provas, em duas salas do Campus da Uern. Para conseguir entrar em contato com os candidatos, a advogada afirma que pedirá a lista com o nome das pessoas que estavam nas duas salas.
Além desses cerca de 60 candidatos, os demais estudantes que estavam fazendo as provas nas outras cinco salas do Campus também tiveram as provas trocadas, mas foram substituídas por cadernos disponíveis em uma reserva técnica mantida pela coordenação do vestibular.
"Devo entrar ainda nesta sexta-feira com o recurso, porque como o resultado está previsto para ser divulgado no dia 30 de março, ficará mais difícil conseguir a anulação depois dessa data", frisa.
A advogada alega que o atraso de três horas para o início das provas quebrou o princípio de isonomia entre os candidatos, além de violar os princípios de razoabilidade e de proporcionalidade, já que os candidatos das duas salas tiveram que passar cerca de sete horas dentro da sala, tendo o rendimento prejudicado pelo cansaço físico e psicológico, além do aumento da tensão devido à troca das provas.
Gerliann Aquino afirma que não pretende pedir a anulação das provas somente dos candidatos prejudicados, já que isso feriria o princípio da isonomia para o restante dos inscritos. "A intenção é pedir a anulação do processo seletivo de todos os candidatos. Não entrei com recurso administrativo na Universidade, porque eles vão manter o discurso de que o princípio de isonomia foi mantido porque foi garantido o mesmo tempo de prova para todos os candidatos", explica.
Fonte: Defato
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