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sábado, fevereiro 04, 2012

Especialista orienta população a ter cautela ao recorrer aos empréstimos consignados

Os atrativos dos empréstimos consignados têm atraído cada vez mais a população. As inúmeras facilidades para obter esse tipo de modalidade de financiamento oferecido pelas empresas de crédito e bancos vão desde ausência de avalista, de consulta ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa à oferta de prêmios. Além das parcelas a perder de vista, as operadoras de crédito oferecem ainda liberação rápida do dinheiro. Mesmo com tanta praticidade, os especialistas orientam cautela ao recorrer aos empréstimos consignados, pois o que poderia ser a solução para os problemas financeiros pode agravar ainda mais a situação financeira do contratante.
A maioria das empresas e bancos que atuam com empréstimo consignado tem como foco do mercado os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), servidores públicos municipais, estaduais e federais, além dos militares das Forças Armadas.
A maior parte das pessoas que efetuam empréstimo consignado objetiva quitar dívidas. E é justamente esse grupo de clientes, segundo os especialistas, que corre mais riscos de problemas financeiros decorrentes do acúmulo de débitos.
Para evitar cair em armadilhas que podem deixar a situação financeira complicada, o economista Glauco Carvalho ressalta que antes de fazer um empréstimo consignado a pessoa deve verificar atentamente alguns aspectos importantes.
"A primeira questão a se pensar é se a pessoa vai conseguir pagar o empréstimo, por que além do valor emprestado ainda têm os juros, que geralmente essa modalidade de financiamento possui taxa de juros efetivo bastante alta, que gira em torno dos 3%. Além disso, é bom a pessoa refletir se realmente está precisando do empréstimo, se não ele vai acabar gerando um problema ainda maior", explica Glauco Carvalho.
Outra orientação do economista é que a pessoa pesquise cautelosamente qual a menor taxa de juros oferecida no mercado no curto período de pagamento. "Geralmente os empréstimos com longos prazos para pagamento possuem valor da parcela menor, mas é justamente aí que está o perigo. Isso por que os juros elevados passam despercebidos pelo contratante. Daí a necessidade de se comparar financiamentos com prazos iguais", reforça Glauco Carvalho.
Conforme o especialista, o acúmulo de empréstimos trará problemas financeiros e dificultará o pagamento dos gastos essenciais do orçamento familiar ou pessoal. "Por lei, a empresa só pode financiar um valor que a prestação corresponda a 30% da renda. Só que muita gente acaba fazendo empréstimos em diferentes empresas, comprometendo praticamente toda a renda. E como o pagamento é feito diretamente da folha a pessoa ficará sem dinheiro para os demais gastos. Para os bancos o empréstimo consignado tem muita rentabilidade, pois a taxa de inadimplência é praticamente zero", conclui o economista.

Fonte: O Mossoroense

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