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sábado, fevereiro 04, 2012

Cerca de 40 pessoas são acometidas pelo câncer mensalmente em Mossoró

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Hoje, 4 de fevereiro, é comemorado o Dia Mundial do Câncer, data instituída em 2005 pela União Internacional do Controle do Câncer (UICC). O objetivo é possibilitar o salvamento de milhões de vidas a cada ano através da conscientização sobre a doença, que somente na cidade acomete por mês cerca de 40 pessoas, segundo dados fornecidos pelo Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM).
Em 2012, a campanha promovida pela UICC tem como tema "Vamos fazer alguma coisa juntos", incentivando dessa forma toda a sociedade para que se consiga alcançar a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir em 25% a incidência dos casos de câncer e de outras Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) até 2025.
"Esse trabalho de conscientização tem que ser feito junto, através de uma corresponsabilidade do poder público e da população", destaca o diretor-geral do COHM, Cure de Medeiros.
Hoje, Mossoró possui aproximadamente 550 pacientes em tratamento de quimioterapia. "São pessoas se tratando contra os mais diversos tipos de câncer, sendo que os mais comuns são os de mama e próstata. Felizmente, a incidência de casos de câncer do colo uterino tem caído bastante, uma vez que os exames de prevenção desse tipo já fazem parte da rotina das mulheres", revela Cure de Medeiros.
O especialista acrescenta que o Centro de Oncologia atende por mês entre três a quatro mil pacientes, desde aqueles que foram diagnosticados recentemente, os que esperam por cirurgia e até as pessoas que já foram curadas e estão sendo acompanhadas pelo COHM.
"Estamos vivendo mais, os diagnósticos estão sendo ampliados, tudo isso faz com que a incidência de câncer seja maior. Nos últimos tempos, o combate à doença avançou muito, mas ainda há obstáculos que precisam ser superados, como a dificuldade na realização de exames de média e alta complexidade, já que existem pacientes que aguardam até um ano por esses procedimentos, que englobam tomografia, ressonância, ultrassonografia e até mesmo mamografia", esclarece Cure de Medeiros.
O diretor-geral do COHM conta ainda que o Centro está preparando uma grande mobilização em 62 municípios que compõem a mesorregião do Oeste potiguar, com o objetivo de intensificar participação dos agentes de saúde no diagnóstico precoce do câncer.
"A campanha é direcionada para os agentes, porque são eles os indutores dos diagnósticos, pois acompanham o dia a dia do paciente, estão mais próximos deles. Dessa forma, podem cobrar dessas pessoas a realização dos exames, entre outros pontos. Estamos muito esperançosos com essa iniciativa", comenta Cure de Medeiros. 
Uma em cada três mortes por câncer pode ser evitada através da mudança de estilo de vida

Segundo dados da UICC, uma em cada três mortes por câncer podem ser evitadas com a adoção de hábitos saudáveis e de uma mudança no estilo de vida, como parar de fumar, praticar exercícios físicos regularmente e fazer o exame de mamografia anualmente a partir dos 40 anos, além de elaborar uma dieta mais apropriada, entre outros fatores.
"Cerca de 33% dos casos de câncer podem ser prevenidos, e para isso é preciso que haja um trabalho de conscientização. Se você não puder fazer pelo outro, faça por você mesmo. Os homens, principalmente, devem se cuidar mais, prevenindo tipos de câncer como o de próstata e o de pênis. Ainda existe muito tabu por parte deles, que muitas vezes não querem fazer o exame de toque retal", relata Ana Clébia, diretora da Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR), instituição filantrópica que desenvolve um trabalho assistencialista com cerca de 600 pessoas, entre pacientes e familiares.
Segundo Ana Clébia, diversas ações de conscientização serão promovidas ao longo do ano para que a população possa estar ciente de sua importância no combate e na prevenção ao câncer.
"Nós já realizamos algumas ações este ano, como o Verão Solidário e também um trabalho com o grupo Toque de Mama, composto por mulheres que foram atendidas pela Associação e hoje estão curadas. Ontem (quinta-feira, 2), elas se encontraram com outras mulheres, atuando como disseminadoras, multiplicadoras, informando como fazer o diagnóstico, quais caminhos percorrer, que atendimento médico buscar", conclui Ana Clébia.

Fonte: O Mossoroense

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