Associação inicia intervenções no Cajueiro de Pirangi

Um oitizeiro de quarenta anos de idade foi retirado do parque do Maior Cajueiro do Mundo, em Parnamirim (RN), deixando um vazio no local. A operação foi realizada ontem à noite e despertou a curiosidade hoje durante a visitação ao público, um dos maiores destinos turísticos do Rio Grande do Norte.Turistas e nativos achavam que estavam cortando o Maior Cajueiro do Mundo, um patrimônio natural do Estado. Além do oitizeiro, um cajueiro comum que existia dentro do parque também foi podado.

A operação foi realizada ontem à noite, entre 18h e 22h, pela Associação dos NMoradores de Pirangi do Norte (Amopin), numa parceria com agentes de trânsito de Parnamirim, Ministério Público e Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). “Até a motosserra usada estava documentada. A madeira da árvore retirada do parque vai ser reutilizada. Vamos construir bancos de madeira e artefatos para os turistas e visitantes”, disse Francisco Cardoso, presidente da Amopin.

Com as mudanças, o Maior Cajueiro do Mundo vai ganhar 700 metros quadrados de área livre, onde poderá crescer livremente. “Esta é a primeira parte da operação que está sendo feita no cajueiro, cuja próxima etapa é um caramanchão e elevação da copa para passagem dos carros. O oitizeiro retirado era uma planta invasora. Ela impedia que o cajueiro maior crescesse”, afirmou Jamir Fernandes, diretor-técnico do Idema.

Os turistas observaram com espanto, mas compreenderam a poda. "Se for para benefício de um patrimônio lindo e natural como esse, vejo com bons olhos", afirmou a turista brasiliense Fabiana de Alencar Soares, que visitou o parque hoje de manhã.

O custo da operação de ontem no Cajueiro de Pirangi foi de R$ 3 mil. Com o caramanchão, a Amopin gastará cerca de R$ 85 mil. O dinheiro é arrecadado da venda de bilhetes no parque, cujo custo, por pessoa, é de R$ 4. Por dia, na alta estação, chegam a circular no local até 500 visitantes.

Fonte: DN