"Isso não tem fundamento." Essa a reação do presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia, sobre a possibilidade de o seu partido se fundir ao PMDB, noticiada na edição de ontem do jornal Folha de S.Paulo.
Reportagem assinada pelas jornalistas Catia Seabra e Maria Clara Cabral, da sucursal de Brasília (DF), levantou a hipótese a partir das eleições municipais de outubro, tendo como ponto principal a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Os dois partidos abriram diálogo, inclusive, admitido pelo próprio Agripino e pelo vice-presidente da República, Michel Temer.
Segundo as jornalistas, "apesar de não atuar diretamente, o Planalto vê com bons olhos a movimentação. Além de ampliar sua base de apoio no Congresso, ela também abafaria algumas das principais vozes críticas à gestão de Dilma Rousseff."
Além de São Paulo - citou a reportagem -, PMDB e DEM ensaiam aproximação na Bahia e fortalecem laços de união no Maranhão e no Rio Grande do Norte. No Estado potiguar, os peemedebistas dão sustentação ao governo Rosalba Ciarlini, do DEM, na Assembléia Legislativa. É provável que os dois partidos estejam no mesmo palanque no segundo turno das eleições de Natal e formem chapa em vários municípios, inclusive Mossoró - segundo maior colégio eleitoral do RN.
Apesar de o quadro apontar de forma favorável à fusão, José Agripino prefere descartar essa possibilidade, ao fortalecer o discurso de que o DEM tem projeto próprio para 2014, quando serão disputadas as eleições presidenciais. "Estamos no processo de fortalecimento, então, essa notícia não tem fundamento. É procedência zero", afirmou em entrevista ao portal www.nominuto.com.
PREOCUPAÇÃO
Apesar de o líder democrata descartar a fusão com o PMDB, essa possibilidade ganha corpo em Brasília e preocupa o PSDB, que tem no Democratas o mais forte companheiro de oposição.
A reportagem da Folha de S.Paulo destaca a preocupação de expoentes do PSDB: "Segundo tucanos, o DEM já avisou que, caso constate que não é capaz de eleger 30 deputados federais nas próximas eleições (em 2010, elegeu 43, mas hoje só possui 27), terá que optar por uma fusão. Só não sabe se com o PMDB ou o PSDB."
Fonte: Defato
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