O Ministério Público Federal aceitou, enfim, a denúncia crime contra a estudante de direito Mayara Petruso. Mayara vai responder pelos crimes de racismo. A pena vai de três meses a um ano de prisão, mais multa. Como foi cometido por meio de um veículo de comunicação, pode ser elevada para até cinco anos de cadeia.
Mayra defendeu o assassinato de nordestinos via Twitter e no Facebook logo após a derrota do seu candidato José nas eleições de 2010. Segundo a estudante, a vitória da candidata Dilma Rousseff se deu por conta de que os nordestinos teriam “direito ao voto”.
Anunciada a derrota do seu candidato, Mayara proferiu uma série de ofensas: “Nordestinos (sic) não é gente. Faça um favor a Sp: mate um nordestino afogado!”.
Logo após a notoriedade das ofensas, Petruso deletou suas contas nas redes sociais.
A ação contra Mayara resultou da manifestação feita na época por várias pessoas e entidades de classe, entre elas a OAB de Pernambuco. No dia 5 de novembro de 2010, a seccional da Ordem apresentou uma notícia-crime contra Mayara ao Ministério Público de São Paulo. O presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, afirmou que devido ao fato de todos os elementos comprovarem a prática de crime pela internauta, a entidade tomou a iniciativa de promover a ação penal”.
Para o presidente da OAB-PE, a estudante praticou, ao mesmo tempo, os crimes de racismo e de incitação pública a pratica delituosa. Ele citou como exemplo outra recente manifestação de uma usuária do Twitter, também de cunho racista, após a realização do jogo Ceará x Flamengo, quando o time cearense saiu vencedor. “Isso não pode crescer. Enquanto não houver uma punição exemplar, esses crimes continuarão sendo cometidos”, afirmou.
Fonte: Eduardo Dantas
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